Depressão e outras condições frequentemente associadas a cleptomania

Este artigo é assinado pelo neuropsicólogo/hipnoterapeuta Alberto Lopes, das clínicas Dr. Alberto Lopes - Psicologia & Hipnose Clínica no Porto, Aveiro e Lisboa.

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Notícias ao Minuto
25/11/2024 15:37 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

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Saúde

A cleptomania pode resultar em sérios problemas emocionais, familiares, profissionais, jurídicos e financeiros. Sentimentos de vergonha, culpa e humilhação são comuns, assim como o risco de enfrentar problemas legais, incluindo a possibilidade de ser preso por roubo.

 

Além disso, a cleptomania está frequentemente associada a outras condições, como:

  • Distúrbios de controlo de impulsos;
  • Uso indevido de álcool e substâncias ilícitas;
  • Transtornos de personalidade e distúrbios alimentares;
  • Depressão, transtorno bipolar e ansiedade;
  • Pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio.

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Infelizmente, devido ao estigma associado a esta perturbação mental, muitas pessoas hesitam em procurar ajuda profissional. Este atraso agrava o sofrimento, perpetuando o ciclo do comportamento compulsivo. Contudo, é importante enfatizar que, embora a cleptomania seja uma síndrome de difícil resolução, o tratamento adequado pode diminuir ou até interromper o ciclo de impulsos, ajudando a pessoa a recuperar o controlo sobre a sua vida.

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Tratamento da cleptomania

O tratamento da cleptomania exige uma abordagem multidisciplinar, combinando psicoterapia, medicação e, frequentemente, hipnoterapia. Este último método, em particular, tem-se mostrado eficaz ao abordar os traumas subjacentes e reprogramar os gatilhos emocionais que alimentam o comportamento compulsivo. Além disso, grupos de autoajuda, semelhantes aos Alcoólicos Anónimos, podem oferecer um espaço de apoio seguro e livre de julgamento.

Psicoterapia: terapias como a terapia cognitivo-comportamental ajudam a pessoa a compreender os seus impulsos e a desenvolver estratégias para responder a eles de maneira mais consciente e apropriada.

Hipnoterapia: durante sessões de hipnose, o subconsciente pode ser explorado para identificar traumas ou padrões emocionais ocultos. Este método permite reprogramar associações negativas e fortalecer o autocontrolo, promovendo uma transformação emocional profunda.

Medicação: Inibidores seletivos da recaptação de serotonina, que aumentam os níveis de serotonina no cérebro, são frequentemente utilizados para ajudar no controlo dos impulsos.

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Evolução e gestão da Cleptomania

A cleptomania é uma condição psicológica difícil de gerir e, não raramente, marcada por recaídas. Após um período de controlo, o impulso de furtar pode ressurgir, especialmente em momentos de stress ou vulnerabilidade emocional. Nesses casos, é fundamental que haja alguma compreensão familiar para as inevitáveis recaídas, recordar que o cleptómano, não furta por maldade ou por necessidade, mas para acalmar a tensão avassaladora que sente, já que ele carrega consigo um profundo sofrimento emocional de culpa e vergonha. A maior prova de amor que podemos dar a alguém que sofre desta perturbação metal é não julgar nem desistir, mas é essencial que o indivíduo procure ajuda imediatamente, seja junto de um profissional de saúde mental ou de alguém em quem confie, para evitar que o ciclo recomece.

A gestão de longo prazo envolve o apoio da família e um compromisso contínuo com o tratamento, a identificação de gatilhos emocionais e a construção de uma rede de apoio sólida. Mais do que 'curar' a cleptomania, o objetivo é criar estratégias que ajudem a pessoa a viver com mais equilíbrio, liberdade emocional e qualidade de vida.

Uma reflexão final...

A cleptomania é um lembrete poderoso de que os comportamentos impulsivos e descontrolados muitas vezes escondem dores emocionais profundas. Não se trata de um reflexo do caráter, mas sim de uma condição complexa que exige empatia, compreensão e suporte. Com o tratamento adequado, incluindo a hipnoterapia, e o compromisso de enfrentar os seus desafios, é possível transformar a dor e o sofrimento em crescimento pessoal e equilíbrio. Afinal, o caminho para a cura começa com o primeiro passo: pedir ajuda.

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