Um valor que, disse, contrasta com os 61,5 milhões anteriores.
O número é o resultado de um estudo de um grupo de trabalho que atualizou o valor das várias respostas sociais.
Segundo a ministra, o setor dos lares teve uma atualização de 12%, as creches um aumento de 8,7% e o pré-escolar atingiu uma atualização de 16%.
Ainda de acordo com a responsável, que falava numa cerimónia em S. Bento (Lisboa) com os representantes do setor social e solidário, que assinaram o documento, o setor dos centros de dia foi atualizado em 6,1% e os centros de atividade e capacitação para a inclusão em 6%.
A cerimónia, além do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e de Maria do Rosário Palma Ramalho, teve a presença de outros membros do Governo e dos representantes do setor social e solidário, Lino Maia, Manuel Lemos, Luís Alves e Francisco Pequicho.
A ministra destacou a valorização pelo Governo do setor social e solidário, que vê como um parceiro estratégico, e disse que o acordo hoje assinado reforça a relação de confiança e "previne o risco iminente de fecho de várias instituições que prestam serviço social".
"Ao mesmo tempo que dá maior previsibilidade a estas instituições e aos seus profissionais, que correspondem também a um setor muito importante do ponto de vista laboral, uma vez que nós já temos mais de 300 mil trabalhadores neste setor", afirmou.
A ministra recordou a criação de um grupo de trabalho que fez um "estudo inédito" das necessidades sociais e o custo atualizado das resposta sociais, em conjunto com os parceiros do setor, e lembrou um primeiro apoio do Governo ao setor social e solidário em outubro passado, para um aumento do apoio do Estado nas respostas mais deficitárias.
O compromisso hoje assinado, disse também, foi concebido para o início do ano e teve em conta que as instituições tiveram de aumentar o salário mínimo em janeiro, e referiu que a maioria das respostas sociais foi atualizada em 4,9%, através de uma fórmula consensualizada.
Os representantes do setor social e solidário elogiaram o acordo hoje assinado, desde logo Joaquim Pequicho, pela Confederação Cooperativa Portuguesa, ou Luís Alberto Silva, da União das Mutualidades, que destacou o "papel crucial" do setor social e solidário mas também a "coragem do Governo em alterar o paradigma da cooperação", o que faz com que as instituições se concentrem no mais importante, "apoiar quem precisa".
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, destacou a importância da estabilidade política e agradeceu o empenho de Luís Montenegro no processo para chegar ao acordo de hoje.
E o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Lino Maia, disse haver ainda passos a dar, no setor das crianças e jovens entre outros, e disse que o acordo era um bom acordo.
"Este setor é um importante pilar do Estado social, e sem essas 5.565 instituições de solidariedade o país estaria muito pior", disse, acrescentando que no período de crispação em que o país vai entrar este setor é um "importante amortecedor social".
[Notícia atualizada às 20h34]
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