O governante falava sobre as perspetivas para a economia portuguesa na conferência do 160.º aniversário do Diário de Notícias (DN), na Gulbenkian, em Lisboa.
"A partir do momento em que entra uma dimensão de segurança, acho que essa é a grande dimensão que entrou para ficar para as próximas gerações", pois "molda tudo o resto", referiu Pedro Reis.
Ou seja, "nas decisões políticas, nas decisões económicas, nas decisões de investimento, nas decisões comunitárias, o tema da segurança chegou para ficar", sublinhou o ministro da Economia.
Em termos de desafios para os investidores, Pedro Reis apontou que é saber o que vai acontecer nos dois conflitos em aberto atualmente. No Médio Oriente "os desenvolvimentos nestes dias são positivos para a economia" e o tema central que é o conflito na Ucrânia, acrescentou.
Este último, "acho que é a grande nuvem em cima da economia", apontou.
"Enquanto não for claro para as empresas, para os investidores, o que ali se vai passar [...] é difícil abrir a visibilidade sobre a economia", considerou.
Agora, se se conseguir encontrar um espaço "de maior nitidez", não é só pela reconstrução da Ucrânia, "mas abrirá um espaço de aceleração da economia".
O ministro disse estar convencido que 2025 "é um ano de transição", referindo que não advoga "os otimismos", mas recusa "os pessimismos".
"Há um cenário em que se der o abrandamento destes conflitos [...], e se a economia americana der sinais de crescimento e se o conflito latente entre as hiperpotências pelo menos não escalar, há um espaço de crescimento económico, de reconstrução e de investimento" em novas infraestruturas, setores, competências estratégicas.
[Notícia atualizada às 15h48]
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