Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) adianta que foi convocada uma concentração para o mesmo dia junto à sede da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), no Porto, que tem justificado o adiamento com "atrasos do Governo nos protocolos de cooperação" com as IPSS.
Além da "urgente negociação" do CCT, os trabalhadores exigem a valorização das suas carreiras e profissões, um "aumento significativo dos salários", bem como 35 horas de trabalho semanal, o direito à conciliação dos horários de trabalho com a vida familiar e o fim da discriminação salarial dos educadores de infância em creche.
"Não podemos aceitar a desvalorização do nosso trabalho, nem fazê-lo com horários desregulados e sobrecarregados", dizem, acrescentando que "a CNIS e o Governo têm de assumir as suas responsabilidades e investir nos trabalhadores das IPSS".
Assinalam desempenhar um "papel essencial no apoio às populações mais vulneráveis da nossa sociedade", lamentando que em 2025 trabalhadores com mais de 20 anos de antiguidade recebam "pouco mais do que o salário mínimo nacional" e que a falta de pessoal obrigue a que "um trabalhador faça o trabalho de dois".
Alertam que os "horários precários e longos se refletem diretamente nos cuidados prestados".
A greve é convocada pelas federações dos Sindicatos do Comércio e Serviços (Fepces), dos Professores (Fenprof) e dos Sindicatos da Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht), assim como pelos sindicatos dos Enfermeiros Portugueses (SEP), dos Profissionais de Farmácia e Paramédicos (Sifap), dos Fisioterapeutas Portugueses (SFP) e dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social (STSSSS).
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