Já depois de ter dado conta de um episódio tenso com um cão e um jacaré, Ricardo Sá Pinto aprofundou as dificuldades a que esteve sujeito no Vasco da Gama, em 2020, tanto por força da pandemia provocada pela Covid-19, como pela crise instalada no clube brasileiro, sobretudo com problemas financeiros que 'esbarraram' no pagamento de salários.
"Milagres eu não faço. O Vanderlei Luxemburgo, que é uma pessoa muito competente e com um currículo enorme, não conseguiu fazer melhor. O problema não era o treinador. Na altura dele não havia a Covid-19 e não tinham problemas financeiros, a jogar de oito em oito dias", começou por lamentar, em declarações citadas no jornal Globo.
"Eu jogava de três em três, tive um contexto muito difícil", começou por lamentar. Não posso fazer as coisas sozinho. Não havia dinheiro para pintar o campo do centro de treinos, nem para tomar um pequeno almoço", vincou de seguida ao canal Expresso 1923, antes de detalhar problemas que afetaram todo o plantel e staff técnico.
"Havia rapazes sem dinheiro para comer. Não recebi nenhum salário em quatro ou cinco meses. Alguém me viu a reclamar de alguma coisa?", rematou sobre o assunto.
Recorde-se que Ricardo Sá Pinto registou três vitórias em 15 jogos, numa altura em que o Vasco da Gama se encontrava a atravessar um mau momento no Brasileirão.
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