Uma primeira parte muito fraca e uma segunda com cinco minutos que fizeram a diferença. Foi assim que o Benfica venceu, esta terça-feira, o Farense, no Algarve, por 1-3, numa exibição pouco brilhante que, ainda assim, permite a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal.
A entrada no relvado não podia ser pior e apesar de Bruno Lage apontar para as dimensões do campo quando convidado a explicar as dificuldade da equipa, foi através de um canto que os leões de Faro chegaram à vantagem, logo aos sete minutos, aproveitado eficazmente por Tomané.
O Benfica, que terminou a primeira parte sem um único remate enquadrado, não conseguia nem por nada chegar à baliza e tudo pareceu ficar ainda mais difícil com a saída forçada de Dí María, o único elemento desequilibrador das águias, aos minuto 40, para a entrada de Amdouni.
A palestra ao intervalo produziu os seus efeitos e o Benfica regressou ao relvado com outra cara e outra estratégia. Schjelderup, que continua a relegar Kerem Akturkoglu para a condição de suplente, ‘tirou da cartola’ um daqueles golos que merece ser visto e revisto e foi este o momento em que os encarnados perceberam que tinham todas as ferramentas necessárias para a reviravolta.
Sinónimo disso mesmo é que apenas dois minutos depois apareceu o 1-2, desta vez dos pés de Arthur Cabral, num potente remate seguido de uma boa assistência de Álvaro Carreras.
Em vantagem pela primeira vez no jogo, o Benfica foi rapidamente em busca de resolver a eliminatória e conseguiu fazê-lo com alguma confusão à mistura, dado que Ricardo Velho ainda conseguiu evitar o bis de Cabral, mas já não conseguiu impedir o golo de Bah, que fechou o marcador em 1-3.
Revisto o filme do jogo, vamos então às notas:
Figura
Schjelderup voltou a merecer a aposta de Bruno Lage e o golo que marcou abriu o caminho para a vitória do Benfica. Apesar da tenra idade, assumiu as rédeas de uma equipa abaixo das expetativas.
Surpresa
Arthur Cabral fez um belo golo, que ajudou o Benfica a chegar à vantagem sem demoras, e aos 74 minutos, altura em que foi substituído, continuava a correr incansavelmente em busca de recuperar a bola.
Desilusão
Nota-se alguma impaciência em Akturkoglu, totalmente compreensível. O turco entrou já na reta final e o remate muito longe da baliza que saiu bem por cima é uma pequena prova do seu mau momento.
Treinadores
Boa entrada da equipa comandada por Tozé Marreco, mas tirando o golo inicial viu-se muito pouco do Farense. Ricardo Velho é uma estrela perdida no meio de um plantel com poucas ideias.
Árbitro
Algumas más decisões de Hélder Malheiro, ainda que nenhuma tenha sido determinante para o curso do jogo.
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