Os planos de poupança da Volkswagen incluem o encerramento de pelo menos três fábricas na Alemanha.
Segundo o jornal alemão Zeit, os primeiros trabalhadores da principal fábrica da empresa em Wolfsburg pararam às 09:30 e só regressarão ao trabalho passadas quatro horas.
O sindicato IG Metall convocou a segunda greve de advertência, assinalada com paragens temporárias em nove das dez fábricas do construtor automóvel no país: Wolfsburg, Braunschweig, Emden, Hannover, Kassel, Salzgitter, Chemnitz, Dresden e Zwickau.
Esta greve surge depois de cerca de 100.000 trabalhadores terem participado na greve anterior, no passado dia 02, um dia depois de a obrigação de respeitar a paz social ter expirado.
Coincide também com o reinício das negociações para a revisão do acordo coletivo e dos planos de poupança do grupo, uma vez que os trabalhadores e a administração da empresa vão reunir-se esta tarde, depois de a última reunião ter terminado sem progressos porque a empresa considerou insuficiente a proposta de poupança do IG Metall.
O sindicato propôs um caminho de negociação para poupar 1.500 milhões de euros em custos laborais, se a empresa renunciasse ao encerramento de fábricas, algo que "ainda está longe de ser suficiente para garantir o futuro da Volkswagen", nas palavras do diretor executivo, Oliver Blume.
Neste contexto, o chanceler alemão Olaf Scholz, em entrevista ao Funke Group, apelou à Volkswagen para não encerrar fábricas, pois "não seria a coisa certa a fazer", e disse ser contra o despedimento de trabalhadores "só para poupar dinheiro".
A Volkswagen tem cerca de 120.000 empregados na Alemanha e 10 fábricas: Wolfsburg, Emden, Osnabrück, Hannover, Zwickau, Dresden, Kassel, Salzgitter, Braunschweig e Chemnitz.