O caso surgiu de uma disputa de marca registada em que uma empresa foi acusada de usar desenhos e 'cartoons' protegidos por direitos de autor nas 't-shirts' que fabricava, de acordo com o 'site' jurídico Diritto.it.
Numa das audições, o advogado de defesa citou perante o juiz algumas decisões do Supremo Tribunal que, na verdade, não existiram, mas que teriam sido sugeridas pela IA ChatGPT, que o advogado tinha consultado.
Após os juízes confirmarem estes factos, o advogado de defesa sustentou que a documentação tinha sido elaborada por um associado do seu escritório.
O Tribunal considerou a possibilidade de o acusar do crime de "responsabilidade agravada", que penaliza aqueles que "agiram de má-fé num julgamento", mas acabou por rejeitar a acusação, considerando que todo o caso foi o resultado de um uso indevido de IA.
Numa decisão emitida em 14 de março, os juízes florentinos alertaram contra as chamadas "alucinações" de IA, um fenómeno em que um 'chat' oferece resultados sem sentido, imprecisos ou totalmente falsos.
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