Bens tecnológicos de consumo devem crescer 2% em 2025, diz GfK

O mercado de bens tecnológicos de consumo deve crescer globalmente 2% este ano, com o setor IT a impulsionar, depois de ter regressado ao crescimento em 2024, diz em entrevista à Lusa o diretor-geral da GfK Portugal.

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Lusa
04/04/2025 09:13 ‧ há 6 dias por Lusa

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"O mercado dos bens tecnológicos regressou ao crescimento em 2024, teve um crescimento de 1,4% em termos globais, isso significa 740 mil milhões de euros", adianta António Salvador no dia da 29.ª conferência da GfK Portugal que decorre hoje no Museu do Oriente, em Lisboa, sob o mote 'Evolução Tecnológica: Insights e prioridades Estratégicas'.

 

Em 2025, este mercado vai ser condicionado pela "volatilidade geopolítica, crescimento económico moderado, os PIB estão muito estáveis" e "as tarifas dos Estados Unidos", prossegue o responsável.

Outro aspeto "relevante" são "os subsídios na China, que influenciam a dinâmica destes mercados", sendo que o "foco do crescimento" vai passar "dos eletrodomésticos para os setores digitais".

António Salvador salienta que "as economias emergentes continuam a superar o crescimento global" e a relação qualidade/preço continuará "a ser crucial", até porque "os consumidores procurarão a melhor pechincha", mas "gastarão também com base no valor percebido e é capaz de haver uma democratização de recursos 'premium'", já que este tem tido uma evolução positiva.

"Prevemos um 2025 com um crescimento positivo, um crescimento global e a nossa projeção de crescimento é de 2% em termos globais, com o setor da IT [tecnologias de informação] a ser um dos principais impulsionadores", diz.

Segundo o diretor-geral da GfK Portugal, a confiança do consumidor tem "vindo a melhorar nos últimos dois anos", depois da pandemia e do início da guerra da Ucrânia, e atualmente é na China o nível de confiança mais baixo.

Em 2024, o mercado dos bens tecnológicos regressou ao crescimento, sendo que as únicas áreas onde isso não aconteceu foi no 'office' [escritório] e o IT. A eletrónica de consumo evoluiu 0,7%, a de telecom 1,9%, os grandes domésticos 1,7%, os pequenos domésticos 1,8% e a foto registou um crescimento de 8%, "se bem que este setor é claramente o mais pequeno", detalha.

Relativamente a tendências, "temos três 'drivers' [motores] que vão impulsionar o crescimento dos bens tecnológicos de consumo", a inteligência artificial (IA), a 'smart home' [casa inteligente] e a sustentabilidade.

A IA "assume claramente o centro das atenções, está a impulsionar todas as outras inovações, afeta todos os setores, as capacidades de inteligência artificial, desde o 'hardware' e 'software', até a otimização de processos", elenca.

Depois, o segmento 'smart home', que "vai beneficiar da evolução e da incorporação da inteligência artificial, vai ampliar os seus benefícios de conveniência e eficiência e é um setor a prognosticamos um futuro bastante positivo".

Nesta área "estamos a falar de entretenimento e alguma coisa de 'office', de pequenos domésticos e alguma coisa de saúde, de domótica e de grandes domésticos", enquadra.

Os grandes eletrodomésticos valem mais de metade do valor global do 'smarthome' (53%) e, em 2024, "tiveram um crescimento de quase 20%", enquanto os pequenos domésticos e saúde são 17%, o entretenimento pesa 25% e domótica 7%.

"Estou a falar daquilo que são as sete principais economias da Europa", refere, adiantando que tem "um valor total de 28,9 mil milhões de euros, 30 mil milhões de euros, portanto, o que significou em 2024 um crescimento de 8%".

Portanto, nos bens tecnológicos de consumo, "o 'smart home' tem tido um papel decisivo para essa evolução positiva".

António Salvador aponta o papel do Pacto Ecológico Europeu (PEC), "que tem diversas diretivas e regulamentos ao nível das reparações, do desperdício, da rotulagem energética. Ou seja, "os produtos tecnológicos são claramente um dos focos deste PEC. E, como exemplo, em 2025 vai surgir a primeira etiqueta para 'smartphones' e 'tablets' e em 2026 a redefinição das etiquetas nos aspiradores".

Depois de um período de algum ceticismo, "agora vemos a sustentabilidade como um símbolo de 'status'" que "está a ganhar importância, [...] proteger o ambiente começa a ser um valor pessoal, algo cada vez mais relevante", diz.

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