Montenegro defende que "país não pode parar porque vai haver eleições"

O primeiro-ministro defendeu hoje que "o país não pode parar por haver eleições" e afirmou que o Governo vai assinalar, na próxima semana, um ano de entrada em funções, embora num registo de "muita contenção".

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Lusa
28/03/2025 13:43 ‧ há 3 dias por Lusa

Política

Legislativas

Depois de ter participado numa reunião com os municípios envolvidos no projeto Parque Cidades do Tejo, da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Luís Montenegro foi questionado se estes anúncios não podem ser encarados como eleitoralistas, quando já estão marcadas legislativas antecipadas de 18 de maio.

 

"O país não pode parar por haver eleições. E, portanto, mesmo num contexto em que o Governo está em gestão, é necessário garantir a partilha de informação, a continuidade dos projetos, para depois os delegarmos a quem vier a seguir", afirmou.

Montenegro considerou o projeto Parque Cidades do Tejo "muito ambicioso, arrojado" e um pilar essencial do desenvolvimento do país e do desenvolvimento da região de Lisboa.

"As vicissitudes do calendário político não devem atrapalhar que as instituições façam o seu trabalho. E este, em concreto, estará na pasta de transição para o próximo Governo, seja ele qual for, como estará também nas transições que ocorrerão em setembro e outubro para os executivos municipais", afirmou.

Questionado se o Governo vai assinalar a entrada de funções na próxima semana -- tomou posse em 02 de abril de 2024 -, o primeiro-ministro respondeu afirmativamente.

"Na próxima semana cumpriremos um ano e não deixaremos de ter um registo, embora naturalmente nesta fase com muita contenção, precisamente porque sabemos que também impende sobre nós um dever de neutralidade, de isenção e, portanto, de contenção naquilo que é o entendimento que possa ser feito de promoção das forças políticas que compõem o Governo nesta altura", afirmou, referindo-se ao facto de o executivo PSD/CDS-PP estar em gestão desde 11 de março, quando o parlamento chumbou a moção de confiança que ditou a sua demissão.

Os municípios de Lisboa, Oeiras, Loures, Almada, Barreiro, Seixal, Montijo e Benavente vão ser alvos de um projeto de regeneração urbana que prevê a construção de 25 mil casas e duas novas travessias no Tejo, anunciou hoje o Governo.

No total, serão 4.500 hectares de área de intervenção urbanística e de infraestruturas, o equivalente a 55 vezes a Parque Expo, segundo sublinha, em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e Habitação.

O projeto foi apresentado hoje aos 18 autarcas da Área Metropolitana de Lisboa e ao presidente da Câmara de Benavente, no distrito de Santarém, pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que se fez acompanhar pelo ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, do ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, e do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

Designado por "Parque Cidades do Tejo", o projeto irá abranger diretamente os municípios de Lisboa, Loures e Oeiras (no distrito de Lisboa), Almada, Barreiro, Seixal e Montijo (no distrito de Setúbal) e Benavente, prevendo-se a construção de 25 mil casas e a criação de 200 mil postos de trabalho.

Leia Também: Montenegro "estupefacto" com críticas à forma como AD organiza os debates

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