Montenegro no Parlamento quarta-feira para 1.º debate quinzenal do ano

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, regressa ao parlamento na quarta-feira para o primeiro debate quinzenal de 2025, ano para o qual já defendeu que a palavra-chave deve ser investimento.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
14/01/2025 15:27 ‧ há 19 horas por Lusa

Política

Montenegro

O debate quinzenal acontece também na véspera de um Conselho de Ministros que deverá aprovar cerca de 30 medidas na área da simplificação fiscal e quando o tema da segurança continua no centro da agenda mediática.

 

O primeiro-ministro terá uma intervenção inicial de cerca de dez minutos, seguindo-se a fase de perguntas e respostas de PS, Chega, IL, BE, PCP, Livre, PAN, CDS-PP e PSD, por esta ordem.

Num artigo publicado no Jornal de Notícias a 01 de janeiro, intitulado 'Portugal em movimento', Luís Montenegro defendeu que 2025 deve ser pautado por maior investimento, e afirmou que o Governo quer construir um país mais justo, tolerante e mais competitivo.

"As palavras-chave são investimento, investimento, investimento. Concretizar o investimento público. Estimular o investimento interno, privado e empresarial. Atrair o investimento externo que procura previsibilidade e segurança", salientou.

Nesse artigo, deixou também uma espécie de caderno de encargos para o próximo ano.

"Vamos continuar a combater a burocracia nos organismos e serviços do Estado, a apostar na digitalização e na proximidade com o cidadão. Vamos continuar a promover uma imigração regulada, nem de portas fechadas nem de portas escancaradas, acolhendo e integrando com dignidade e humanismo os que escolherem Portugal para viver e trabalhar. Vamos continuar a investir em habitação pública - o maior investimento desde os anos noventa - e a incentivar a construção de casas a valores moderados, seja para comprar ou arrendar. Vamos continuar a salvaguardar a segurança como um dos maiores ativos do país, elencou.

Na quinta-feira, o Conselho de Ministros deverá aprovar - segundo anunciou no domingo o comentador da SIC e ex-líder do PSD Marques Mendes - um programa de cerca de 30 medidas com três objetivos essenciais em matéria de simplificação fiscal: reduzir custos de contexto, aumentar a digitalização e melhorar a comunicação com os contribuintes.

Governo vai aprovar esta semana

Governo vai aprovar esta semana "30 medidas de simplificação fiscal"

Anúncio foi feito por Marques Mendes, que revelou quatro das medidas deste programa.

Notícias ao Minuto | 21:52 - 12/01/2025

O último debate quinzenal realizou-se em 11 de dezembro - o próximo já está fixado para 05 de fevereiro - e acabou por ficar marcado pelo tema do acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) por cidadãos estrangeiros, com PSD e CDS-PP a anunciarem nesse dia uma iniciativa entretanto já aprovada na generalidade.

O tema da segurança tem continuado na ordem do dia após a operação policial de dia 19 de dezembro na rua do Benformoso, perto do Martim Moniz, em Lisboa, e das imagens de dezenas de imigrantes encostados às paredes dos prédios para serem revistados.

No sábado, dirigentes do PS, BE, PCP, PAN e Livre juntaram-se à manifestação 'Não nos encostem à parede', que juntou milhares de pessoas num percurso entre a Alameda e o Martim Moniz, e o Chega convocou para a mesma tarde uma vigília denominada 'Pela autoridade e contra a impunidade', que reuniu algumas centenas na Praça da Figueira.

"Num dia onde os extremos erguem cada um a sua bandeira em contraponto, em conflito aberto para o outro, o da direita para a esquerda e o da esquerda para a direita, nós somos o elemento aglutinador, de confluência, de moderação", afirmou Luís Montenegro, que participava nesse dia numa iniciativa partidária em Ovar (Aveiro).

O primeiro debate quinzenal de 2025 acontece um dia depois de ter sido empossado o novo secretário-geral do Governo, Carlos Costa Neves, o segundo nome indicado pelo executivo para o cargo, depois de o ex-administrador do Banco de Portugal Hélder Rosalino ter desistido na sequência de uma polémica pública sobre o seu vencimento, que seria na ordem dos 15.000 euros.

Na posse, Montenegro fez questão de realçar que Costa Neves tinha aceitado o cargo com custos "pessoais e financeiros", já que terá um rendimento inferior ao que tinha como reformado, por ter abdicado das pensões e da subvenção mensal vitalícia.

"É mesmo um caso para dizer que o Carlos Costa Neves, nesta ocasião, está a pagar para trabalhar", afirmou Montenegro.

Carlos Costa Neves promete

Carlos Costa Neves promete "cumprir com lealdade as funções confiadas"

O Secretário-Geral do Governo tomou posse esta terça-feira, 14 de janeiro.

Notícias ao Minuto | 10:22 - 14/01/2025

Leia Também: Montenegro elogia Carlos Costa Neves: "Está a pagar para trabalhar"

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