O prémio, no valor de três milhões de dólares (2,74 milhões de euros), é atribuído pela Fundação Prémio Breakthrough, nos Estados Unidos, e reconhece o trabalho de mais de 13 mil cientistas com os detetores ATLAS, CMS, ALICE e LHCb do maior acelerador de partículas do mundo, o LHC, uma infraestrutura do laboratório europeu de física de partículas (CERN).
Em comunicado, o LIP realça que os físicos portugueses "têm dado contributos significativos às experiências ATLAS e CMS, incluindo a participação no projeto, construção, operação e atualização de componentes essenciais dos detetores, bem como um envolvimento ativo nas análises de dados".
Membros das equipas do LIP, que representa cientificamente Portugal no CERN, ocuparam cargos de liderança em ambas experiências, adianta a nota.
O LIP salienta que instrumentos como o ATLAS e o CMS permitiram investigar os constituintes fundamentais da matéria e as forças que regem o Universo, fazer medições detalhadas das propriedades do bosão de Higgs, partícula elementar, ou procurar novos fenómenos físicos.
O dinheiro do prémio será usado para financiar bolsas de estudo para doutorandos,"que poderão assim passar até dois anos no CERN a desenvolver as suas teses".
Os Prémios Breakthrough distinguem anualmente os avanços científicos nas categorias de Física Fundamental, Ciências da Vida e Matemática.
Um dos criadores dos prémios é Mark Zuckerberg, diretor-executivo da Meta, dona das redes sociais Facebook e Instagram e da aplicação WhatsApp.
Em 2019, o Prémio Breakthrough em Física Fundamental distinguiu a vasta equipa internacional de cientistas que obteve a primeira imagem (da sombra) de um buraco negro.
Da equipa fazia parte o astrofísico português Hugo Messias.
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