Um português desaparecido há quatro anos e quatro meses na Venezuela pode ter sido assassinado, acreditam as autoridades do país, segundo o El Siglo.
De acordo com esta publicação, na tarde de sábado, 29 de março, os investigadores encontraram restos mortais humanos, numa quinta em Villa de Cura, que desconfiam ser do camionista José João Gonçalves Henriques, natural da ilha da Madeira.
Apesar das suspeitas, só nas próximas horas é que essas informações serão confirmadas (ou não), com os resultados dos vários testes forenses efetuados aos restos mortais.
Avança ainda o El Siglo, que duas pessoas terão sido detidas, entre as quais uma mulher, que as autoridades acreditam ser “a autora intelectual e material” do crime.
Para já não há informações sobre como foi cometido o homicídio, nem os motivos relacionados com o mesmo.
Quatro anos e quatro meses de ansiedade
José João Gonçalves Henriques desapareceu misteriosamente no final de novembro de 2020, aos 66 anos. Desde essa altura, a família vive em constante ansiedade, sobressalto e até medo, segundo o Diario Avance.
Na altura do desaparecimento, a irmã revelou que José, que nasceu em Câmara de Lobos, mas mora desde jovem na Venezuela, saiu de casa para trabalhar, no dia 25 de novembro, no camião da empresa Avicultura Don José.
O português, que tem um filho, devia fazer a rota Villa de Cura-Catia e regressar a casa, em Los Teques, no dia 26, mas isso nunca aconteceu.
O camião foi encontrado poucos dias depois, intacto, no estado de Cojedes.
Desde essa altura, foram várias as informações contraditórias, as mensagens recebidas. A família queixa-se de inação das autoridades.
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