O responsável pela Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária (PJ) prestou, esta quinta-feira, alguns esclarecimentos sobre o caso que envolve os crimes de violação agravada de uma adolescente de 16 anos em Loures, no distrito de Lisboa. No âmbito do mesmo caso está também em causa o crime de pornografia de menores.
Em comunicado, a PJ já informava esta manhã que três jovens, com idades entre os 17 e os 19 anos, tinham sido detidos na segunda-feira. Agora, na sede da PJ, o responsável detalhou: "Estes jovens tinham em termos daquilo que são as redes e plataformas sociais, uma atividade muitíssimo relevante. Numa linguagem simples, poderão ser considerados influencers - daí têm um público já muito significativo."
À imprensa, na sede da PJ, o responsável da PJ explicou que foi "precisamente no âmbito desse poder de influência que têm junto de públicos mais jovens que veio a ocorrer esta situação."
As imagens de "parte dos atos sexuais praticados" foram divulgados nas redes sociais. Questionado sobre se havia uma relação entre vítimas e agressores, João Oliveira respondeu: "A jovem era uma seguidora destes jovens influencers."
Após serem presentes a primeiro interrogatório judicial, os jovens ficaram sujeitos às medidas de coação de apresentações periódicas semanais e proibição de contatos com a vítima. Questionado sobre a decisão de saírem em liberdade, o responsável da PJ disse que "não comentava as decisões das autoridades judiciárias", mas apontou: "Seguramente que os senhores magistrados - num primeiro momento no Ministério Público - e, num segundo momento, o juiz de instrução, fizeram uma ponderação muito exaustiva de todos os factos. Tenhamos presente de que estamos a falar [de que] todos são muito jovens. Não estou a defender, nem a criticar. Não nos compete a nós. Estou a procurar fazer o que me compete: evitar alarmismos. Não vamos criticar ninguém na praça pública."
O responsável da PJ deu ainda detalhes sobre a forma como todos se encontraram, explicando que "num primeiro momento" foram contactos virtuais. Note-se que, em comunicado, a autoridade explicou que os factos ocorreram no passado mês de fevereiro, "em zona próxima da residência da vítima, na sequência de um encontro, previamente combinado, entre esta e um dos jovens, seu conhecido."
[Notícia atualizada às 12h37]
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