Num comunicado hoje divulgado, a Câmara de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, indicou que tiveram de encerrar na sequência de danos causados pelo mau tempo as escolas EB1 São Sebastião e na EB1 Vala do Carregado, ambas do agrupamento da Castanheira do Ribatejo, na EB1 Bairro do Paraíso, de Vila Franca de Xira, na EB 1 nº 1 de Alhandra e na EB1 Alpriate, em Vialonga.
Afirmando que as aulas vão continuar suspensas na sexta-feira, a autarquia disse que "está a trabalhar para garantir condições que permitam retomar as aulas nestas escolas com a maior brevidade possível".
"A passagem da depressão Martinho provocou 185 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas, tendo sido mobilizados 706 operacionais, dos Corpos de Bombeiros, Serviço Municipal de Proteção Civil, PSP, GNR, SMAS, Câmara Municipal e Juntas de Freguesia", indicou.
Dessas 185 ocorrências, houve 97 quedas de árvores, 26 quedas de elementos de construção, 25 limpeza de via e sinalização de perigo, 22 quedas de estruturas temporárias ou móveis, sete desabamentos de estruturas edificadas, seis quedas de redes de fornecimento elétrico e dois movimentos de massa.
"Não há registo de desalojados nem danos pessoais", indicou a câmara, acrescentando que também não há estradas principais interditadas.
A autarquia indicou ainda que continuam os trabalhos de limpeza e que está a "proceder a todos os esforços para desobstruir as vias secundárias que ainda tenham algum constrangimento" devido ao mau tempo.
A Proteção Civil contabilizou 7.809 ocorrências em Portugal continental, entre as 00h00 de quarta-feira e as 16h00 de hoje, devido à passagem da depressão Martinho, em que a região mais afetada é a de Lisboa e Vale do Tejo.
A maioria das ocorrências está relacionada com a queda de árvores, com um total de 4.240 situações, o que corresponde a 54% do total, indicou à agência Lusa o oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) Pedro Araújo.
O oficial adiantou que, das 7.809 situações registadas em Portugal continental, a maioria foi na região de Lisboa e Vale do Tejo, com 4.732, o que representa 61% do total, a que se juntam 1.610 na região Centro.
Por sub-regiões, a mais afetada foi a Grande Lisboa, com 2.870 ocorrências.
Nas operações de socorro, foram empenhados 24.788 operacionais, apoiados por 8.588 meios terrestres, informou o oficial de operações da ANEPC.
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