O homem suspeito de ter assassinado três pessoas a tiro numa barbearia na Penha de França, em Lisboa, foi declarado imputável e deverá assim ser acusado por três crimes de homicídio.
A notícia é avançada pelo jornal Expresso, que acrescenta que "o despacho de acusação do Ministério Público está quase finalizado" após a conclusão dos peritos do Instituto Nacional de Medicina Legal.
O crime ocorreu a 2 de outubro de 2024 na barbearia Granda Pente, no Bairro do Vale. Na altura da detenção, o advogado de defesa, Luís Candeias, considerou que o suspeito, Francisco Silva, de 33 anos, era "doente", tendo um historial de perturbações psiquiátricas.
O homem foi seguido no Hospital Júlio de Matos e esteve internado duas vezes por episódios psicóticos. Além disso, recorda o Expresso, foi várias vezes conduzido pela polícia às urgências, por agressão a terceiros, em contexto de psicose em abuso de cocaína.
Chegou a tirar-se da janela de um prédio para a rua, o que fez com que passasse a ser seguido regularmente. No entanto, em julho, apenas três meses antes do crime, teve alta e deixou de ir às consultas.
Francisco Silva baleou mortalmente o dono da barbearia Granda Pente após este o recusar atender. Quando saía do local, disparou contra um taxista, que esperava ser atendido, e a mulher.
Um funcionário da barbearia, que conseguiu fugir ileso, e um cliente são as principais testemunhas do crime.
As vítimas foram identificadas como Carlos Pina, dono da barbearia, e o casal Bruno Neto e Fernanda Júlia.
O barbeiro foi encontrado dentro do espaço, já cadáver, enquanto as outras duas vítimas foram encontradas prostradas num passeio. A mulher estava grávida e o casal tinha já uma filha em comum. Além disso, Fernanda era também mãe de um menino fruto um relacionamento anterior.
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