"Acho que, com a campanha de vacinação que está em curso, a situação está controlada. Temos registados 23 casos desde o dia 02 de dezembro e hoje foi registado mais um caso. Até ao momento, todos os casos ocorreram na população mais jovem, com idades entre 3 e 20 anos (idade média é 12 anos)", disse a médica da ULSA.
Neste momento, a curva epidémica "já está a decrescer. A maior parte dos casos tem evoluído favoravelmente. Trata-se de uma doença autolimitada, que não precisa de tratamento específico", acrescentou Valentina Lutsiv, que falava aos jornalistas em conferência de imprensa no Hospital de São Bernardo, em Setúbal.
Valentina Lutsiv confirmou a existência de "um caso mais grave, entretanto transferido para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa", mas lembrou que foram reforçadas as medidas preventivas de higiene e que já está a decorrer uma campanha de vacinação.
A Unidade de Saúde Pública está a desenvolver uma campanha de vacinação na comunidade, "que inicialmente abrangia apenas os contactos mais próximos, os coabitantes, mas que neste momento já foi alargada a toda a comunidade escolar e à comunidade em geral", disse.
"Já vacinámos 149 pessoas e hoje á tarde há mais uma sessão para vacinar mais 52 pessoas", disse a médica, recordando que os sintomas da hepatite A são idênticos ao de uma gastroenterite - diarreia, febre, vómitos e mal-estar, entre outros.
Valentina Lutsiv disse, ainda, que o surto de hepatite A em Setúbal poderá ter tido origem no Algarve, que a transmissão da doença tem ocorrido de pessoa a pessoa e que, até ao momento, não foi detetado qualquer foco devido à ingestão de água ou alimentos.
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