A instituição de ensino superior de Leiria explica, num comunicado enviado hoje à agência Lusa, que este grupo pretende estabelecer uma rede de colaboração com parceiros académicos e de investigação, com o objetivo de apoiar os organismos responsáveis pela aplicação da lei na investigação e combate ao cibercrime.
Outra das premissas é "reforçar a sensibilização para o cibercrime no seio dos parceiros académicos e de investigação, e criar um fórum para a partilha de conhecimento, investigação e inovação no domínio do cibercrime com o meio académico".
O Politécnico de Leiria integrou este grupo consultivo no seguimento da abertura de candidaturas por parte da Europol, agência da União Europeia que tem como missão apoiar os Estados-membros na prevenção e luta contra todas as formas graves de criminalidade internacional e organizada, cibercriminalidade e terrorismo.
Para o presidente do Politécnico de Leiria, Carlos Rabadão, a aprovação da candidatura é "o reconhecimento do trabalho" que a instituição tem "vindo a desenvolver na área da cibersegurança".
"Esta tem sido uma área estratégica do Politécnico de Leiria, na qual temos feito uma importante aposta", afirma Carlos Rabadão, citado na nota de imprensa, ao destacar o mestrado em Cibersegurança e Informática Forense, em funcionamento desde 2017/2018, e a adesão ao Programa Nacional na Área da Cibersegurança, no âmbito do qual têm sido celebrados memorandos de entendimento com o Governo e estabelecidos diversos protocolos de cooperação com as principais forças de segurança nacionais.
O Politécnico de Leiria é uma das instituições de ensino superior que integra o Centro de Competências em Cibersegurança da Região Centro (CCC-Centro), um dos sete centros de competências criados a nível nacional, desenvolvidos no âmbito da C-Network.
"É inegável que a cibersegurança é uma necessidade para todas as organizações, qualquer que seja a sua dimensão. Essa perceção tem crescido nos últimos anos, muito por força dos ciberataques ocorridos em grandes empresas e instituições, assistindo-se a uma grande evolução na maturidade das organizações em Portugal", apontou Carlos Rabadão.
Em 2022, o Politécnico de Leiria e a Polícia Judiciária (PJ) celebraram um protocolo de cooperação nas áreas periciais de Informática de Segurança e Computação Forense, nos domínios da formação, apoio técnico e cedência mútua de equipamentos de cariz tecnológico.
No âmbito deste protocolo, o Instituto Politécnico de Leiria compromete-se a colaborar com a PJ na realização de perícias em domínios nos quais a mesma não tenha competências ou conhecimento adequado, a facultar acesso às suas instalações com vista à realização de atividades no âmbito da formação, da investigação criminal e da atividade forense.
Em 2015, o Politécnico de Leiria lançou a primeira edição da pós-graduação em Informática de Segurança e Computação Forense, exemplificando a aposta na formação para aperfeiçoar procedimentos que ajudam a aumentar a eficácia das autoridades no combate a uma criminalidade cada vez mais sofisticada.
No mesmo ano, inaugurou o Laboratório de Cibersegurança e Informática Forense (LabCIF), uma aposta que resultou da cooperação com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e com a PJ, para o combate ao cibercrime na componente forense. O LabCIF está sedeado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), em Leiria.
Também a funcionar na ESTG, foi criado o Curso Técnico Superior Profissional (TeSP) de Cibersegurança e Redes Informáticas.
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