Trabalhadores de 'call center' em Seia vão parar 48 horas

Os trabalhadores da empresa Synchro, que opera no 'call center' da SU Eletricidade, em Seia, iniciaram hoje uma paralisação de 48 horas para contestar o despedimento coletivo de sete colegas e a alteração de horários.

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Lusa
20/01/2025 07:16 ‧ há 4 horas por Lusa

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Greve

O protesto iniciado às 00:00 horas de hoje inclui hoje uma concentração em piquete de greve à porta da empresa, situada na Praça da República, no centro histórico daquela cidade do distrito da Guarda, das 10:00 às 13:00, para denunciar publicamente a situação, disse Andrea Figueiredo, delegada sindical à agência Lusa.

 

A greve foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Norte (SITE CN), afeto à CGTP, segundo o qual esta ação é um grito de alerta dos trabalhadores em defesa dos seus postos de trabalho.

"O despedimento coletivo abrange sete dos 18 trabalhadores da Synchro em Seia e foi oficializado na véspera de Natal. Os colegas a despedir receberam a carta a 24 de dezembro [de 2024]", referiu a representante dos funcionários desta empresa do grupo Egor.

Andrea Figueiredo acrescentou que a greve de 48 horas, até às 23:59 horas de terça-feira, surge "para contestar este despedimento coletivo e por causa dos horários que a empresa quer mudar, afetando a vida familiar e pessoal destes trabalhadores, algumas das quais estão há 17 ou 16 anos com o mesmo horário".

"Por pessoas que estão habituadas a sair às 18:00 a fazer, por exemplo, o horário até às 20:00, quando fecha a linha, vai transtornar muito a sua vida, até porque a maior parte dos trabalhadores são mulheres com filhos", considerou a delegada sindical do SITE CN.

"Estamos todos unidos e solidários com os que estão para ser despedidos e com os onze que vão ficar, que contestam a alteração dos horários", afirmou a sindicalista, que se disse "otimista" quanto à adesão dos colegas à greve.

Para Andrea Figueiredo, esta paralisação de 48 horas na Synchro surge para "fazer com a empresa reverta estas medidas".

"Vamos ver o que esta paralisação vai causar, depois logo se vê o que fazer se não tiver efeitos", acrescentou.

Segundo o SITE CN, numa nota enviada à agência Lusa, a ação destina-se a condenar o avanço da empresa para um despedimento coletivo, a defender o direito de conciliação do trabalho com a vida familiar e pessoal e a combater a precariedade no trabalho.

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Norte alertou ainda que este despedimento coletivo acontece num concelho que já tem muitas dificuldades ao nível da oferta de emprego.

Leia Também: Greve de guardas da prisão do Linhó com adesão de 100% no segundo dia

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