O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou o Almirante Henrique Gouveia e Melo com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, afirmando que se trata de "reconhecer o mérito no exercício de funções" enquanto Chefe do Estado-Maior da Armada.
O chefe de Estado, na sua intervenção. referiu ainda que Gouveia e Melo se "definiu de forma singular no exercício da sua função" enquanto chefe do Estado-Maior da Armada, citando algumas vertentes onde o almirante se destacou, tais como "contactos internacionais", o "aprofundar a relação com centros de excelência científicos e universitários", a "exploração de novas vertentes no domínio das capacidades".
Marcelo Rebelo Sousa recordou ainda que o almirante Gouveia e Melo iniciou funções no final do ano de 2021 e que, "poucos meses depois" teve início a guerra na Ucrânia, destacando que, numa segunda fase da guerra, voltou a utilizar "veículos não tripulados para completar aquilo que era o sistema de armas utilizado, quer tradicionalmente, quer no início do conflito".
"Essa é uma vertente a que dedica muita da sua atenção, quer na sofisticação e superação dos problemas iniciais, quer no estímulo da indústria de investigação no nosso país, e lá fora, quer no investimento, que é apoiado pelo Governo", realça o Presidente da República, acrescentando a "disponibilidade de novas capacidades que viessem enquadrar essa nova vertente no domínio da Armada".
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou o trabalho do Almirante Gouveia e Melo, ressalvando que "para se compreender o desempenho" do almirante, "tem de compreender a circunstância".
"Há várias circunstâncias que o marcam", diz o chefe de Estado, frisando 'as origens' de Gouveia e Melo: os submarinos. Destacou ainda o facto de "ser porta-voz da Marinha (...) e do Estado-Maior das Forças Armadas", permitindo-lhe "um contacto privilegiado com a "sociedade civil" e a "compreensão de um fenómeno mediático em transformação na sociedade portuguesa".
O Presidente da República sublinhou ainda o papel que Gouveia e Melo teve na pandemia da Covid-19, aquando da campanha de vacinação.
"Isso, naturalmente, acaba por afeiçoar um conjunto de circunstâncias a forma como exerceu chefia do Estado-Maior da Armada (...) é o somatório que acaba por se traduzir num exercício de funções que foram importantes para a Armada, foram importantes para as Forças Armadas portuguesas e foram importantes para Portugal", conclui Marcelo Rebelo de Sousa.
A cerimónia de condecoração decorreu na sala dos Embaixadores, no Palácio de Belém, em Lisboa, escassos momentos depois de o novo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Nobre de Sousa, ter tomado posse para suceder a Gouveia e Melo.
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[Notícia atualizada às 22h57]
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