Pelo menos três altos funcionários do Pentágono foram afastados esta semana por suspeitas de fuga de informação.
A notícia de que dois funcionários teriam sido afastados foi avançada pela publicação Politico na quinta-feira, e, um dia depois, fontes próximas deram conta de que um outro funcionário também tinha visto suspensas as suas funções no Departamento da Defesa dos EUA.
Os primeiros dois a serem afastados foram Dan Caldwell, um conselheiro sénior do Secretário de Estado da Defesa, Pete Hegseth, e também Darin Selnick, vice-chefe de gabinete do Departamento da Defesa.
O terceiro a ser afastado do Pentágono terá sido Colin Carroll, chefe de gabinete do vice-secretário da Defesa, Stephen Feinberg.
As suspensões surgem depois de o chefe de gabinete do Secretário da Defesa Pete Hegseth, Joe Kasper, ordenar, em março, uma investigação sobre fugas de informação. O memorando, consultado pela imprensa internacional, dizia que a investigação iria procurar "um registo completo" das fugas de informação e utilizar testes de polígrafo, se necessários.
Segundo o Politico, as fugas em causa incluem dados sobre planos operacionais militares para o Canal do Panamá, um segundo porta-aviões a caminho do Mar Vermelho, a visita de Elon Musk ao Pentágono para discutir a China e uma pausa na recolha de informações para a Ucrânia.
A situação deu 'força' a apelos democratas para que Hegseth se demitisse, o que já tinha sido pedido depois de o chefe do Pentágono ter partilhado informações sensíveis sobre ataques militares no Iémen através da aplicação Signal - situação denunciada por um jornalista, que foi incluído na conversa e soube, antecipadamente, do caso. Primeiro, não acreditou que fosse verdade que a administração Trump discutisse planos de guerra de uma forma tão acessível, mas quando aconteceram, denunciou a situação.
Note-se ainda que devido à situação na aplicação Signal, Hegseth está a ser também alvo de uma investigação.
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