Vladimir Putin reúne-se terça-feira em Moscovo com o sultão de Omã

O Presidente russo, Vladimir Putin, vai manter conversações em Moscovo, na terça-feira, com o sultão de Omã, Haitham bin Tarik, cujo país atua como mediador na questão nuclear iraniana, anunciaram hoje os dois países.

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© SOFIA SANDURSKAYA/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
19/04/2025 13:02 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Rússia

"No dia 22 de abril, Moscovo acolherá as conversações entre Vladimir Putin e o sultão de Omã Haitham bin Tarik al Said, que se encontra em visita de Estado à Rússia", declarou o Kremlin na rede social Telegram.

 

Os dois líderes discutirão a cooperação bilateral em várias áreas, incluindo a economia, e "questões atuais da agenda internacional", acrescentou.

As autoridades de Omã confirmaram a visita à Rússia na segunda e terça-feira.

"A visita constituirá uma oportunidade para discutir as áreas de cooperação entre os dois países em vários domínios e as formas de as reforçar para servir interesses comuns", afirmou o palácio do Sultão, num comunicado.

"Durante a visita, os dois líderes trocarão pontos de vista sobre uma série de questões regionais e internacionais atuais", acrescentou.

A visita ocorre numa altura de intensas negociações entre Washington e Teerão sobre o programa nuclear iraniano.

Hoje, em Roma, as delegações iranianas e norte-americanas, sob a mediação de Omã, vão realizar conversações cruciais.

A Rússia, que reforçou os seus laços com o Irão nos últimos três anos, indicou que está pronta a desempenhar "qualquer papel útil" nas negociações.

O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, manteve conversações com Vladimir Putin esta semana na Rússia.

Os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, e Israel suspeitam que o Irão pretende adquirir armas nucleares. Teerão rejeita estas alegações e defende o seu direito à energia nuclear para fins civis.

Há uma semana, o Irão e os Estados Unidos realizaram uma reunião inicial em Omã que ambos os lados descreveram como construtiva, informou a agência de notícias iraniana IRNA.

As negociações decorrem indiretamente entre o Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, e o enviado especial norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff, mediadas por diplomatas de Omã.

Antes do encontro com o norte-americano, Araqchí encontrou-se com o seu congénere italiano, Antonio Tajani, a quem agradeceu pelo seu papel nesta segunda ronda de negociações.

Embora Teerão e Washington tenham considerado como construtiva a primeira reunião realizada há uma semana em Muscat (Omã), há diferenças quanto ao objetivo das negociações.

O Irão só quer negociar a limitação da sua capacidade nuclear e pretende e deixar o seu programa de mísseis e o apoio a grupos regionais, como os Huthis no Iémen ou o Hezbollah libanês, fora das discussões.

Os Estados Unidos levantaram a questão do desmantelamento do programa nuclear do Irão, além da questão dos mísseis e do apoio aos seus aliados na região.

"Exigências irrealistas (dos EUA) só reduzirão a possibilidade de se chegar a um acordo", disse, na sexta-feira, o principal diplomata do Irão, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em Moscovo.

Araqchi criticou os Estados Unidos por enviarem mensagens confusas sobre as negociações nucleares, depois de Witkoff ter falado sobre o desmantelamento nuclear da nação persa, algo que ele nunca havia feito publicamente antes.

Por sua vez, o presidente dos EUA, Donald Trump, continua a ameaçar o Irão caso não chegue a um acordo, como fez na quinta-feira, quando declarou que não descarta um plano israelita para destruir as instalações nucleares iranianas.

Desde que regressou à Casa Branca, o presidente republicano retomou a sua política de "pressão máxima" contra o Irão, com pelo menos seis rondas de sanções para interromper a venda de petróleo iraniano.

Durante o seu primeiro mandato, Trump abandonou o pacto nuclear de 2015 assinado entre o Irão e seis potências, que limitava o programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções.

Leia Também: Putin recebe família russa que esteve sob cativeiro do Hamas em Gaza

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