Xi Jinping visitou primeiro o Vietname e depois a Malásia, para reforçar os laços comerciais com estes países e contrabalançar as tarifas impostas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O líder chinês aterrou no aeroporto de Phnom Penh, onde foi recebido pelo rei Norodom Sihamoni numa cerimónia militar.
De acordo com documentos oficiais citados pela agência de notícias France Presse, Xi deve visitar o palácio real durante a tarde, antes de se encontrar com o antigo líder Hun Sen e o filho, o atual primeiro-ministro Hun Manet.
A China é o maior parceiro comercial e principal investidor estrangeiro no Camboja e detém mais de um terço da dívida externa do país, no valor de 11 mil milhões de dólares (9,7 mil milhões de euros), de acordo com o Fundo Monetário Internacional.
Phnom Penh é também um dos aliados mais fiáveis de Pequim na Ásia. Hun Manet descreveu a visita de Xi como uma demonstração de amizade "férrea".
Num vídeo publicado na quarta-feira, Hun explicou que os dois países têm "interesses comuns baseados nos princípios do respeito pela soberania, igualdade e não interferência nos assuntos internos", acrescentando que a China desempenhou um "papel central" no desenvolvimento socioeconómico do Camboja.
China e Camboja celebram 67 anos de relações diplomáticas e o 50º aniversário da entrada em Phnom Penh dos Khmers Vermelhos - então apoiados por Pequim - a 17 de abril de 1975.
No início de abril, Donald Trump impôs taxas alfandegárias de 49% às importações vindas do Camboja, tornando o país do Sudeste Asiático num dos mais penalizados pela guerra comercial.
O país, que tem muitas fábricas de capitais chineses, viu mais tarde a taxa reduzida para 10%, pelo menos durante 90 dias, à semelhança do resto do mundo, com exceção da China.
Hun Manet escreveu uma carta à Casa Branca para lhe garantir "a boa-fé do Camboja na negociação de uma solução mútua", com uma redução das tarifas sobre 19 categorias de produtos norte-americanos, segundo o Ministério do Comércio.
A China, que continua a ser tributada a 145%, qualificou esta taxa como uma "anedota" e, em represália, impôs tarifas de 125% sobre produtos norte-americanos.
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