Lee anunciou que é candidato às eleições antecipadas de 03 de junho num vídeo de pouco mais de dez minutos, divulgado um dia após abandonar o cargo de presidente do partido.
"Estou a concorrer para criar uma verdadeira Coreia", afirmou Lee no vídeo, acrescentando que pretende ser "a melhor ferramenta" para o povo sul-coreano face à grave crise política e social que tem enfrentado desde que o ex-presidente Yoon Suk-yeol declarou brevemente a lei marcial, em dezembro.
Lee defendeu que a raiz do conflito social é económica e propôs a reativação da economia através do investimento público em tecnologia e formação de recursos humanos.
O dirigente rejeitou posições ideológicas, optando por uma abordagem que garantiu ser pragmática e defendeu, além disso, uma política externa baseada no interesse nacional da Coreia do Sul.
A Comissão Nacional de Eleições já iniciou o registo de pré-candidatos para aquela que será a 21.ª eleição presidencial do país. O período de campanha eleitoral arranca em 12 de maio.
Lee, que tem estado à frente das sondagens, tem 61 anos e trabalhou em fábricas desde muito jovem, tendo sofrido um acidente de trabalho que o deixou com lesões permanentes num braço.
Depois de obter uma bolsa de estudo, estudou Direito e começou a trabalhar num escritório de advogados de direitos humanos. Foi presidente da Câmara de Seongnam, na província de Gyeonggi, que circunda Seul, e mais tarde tornou-se governador de Seul. Candidatou-se às eleições presidenciais de 2022, tendo perdido por pouco para Yoon.
A carreira do democrata tem sido marcada por ambiciosos programas sociais, mas também por alegações de corrupção ligadas a um projeto de desenvolvimento urbano.
Em janeiro, foi vítima de uma tentativa de assassínio e, em 26 de março, foi absolvido de uma condenação que ameaçava desqualificá-lo.
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