"Não penso que o que aconteceu nos últimos dias seja uma fase passageira temporária. Penso que se trata de uma ordem mundial em mudança. Penso que o mundo está a mudar perante nós para uma nova era", disse o governante, durante uma audição na Comissão de Ligação, no parlamento britânico.
Para Starmer, o Governo deve "fazer muito mais e ir mais longe e mais depressa para garantir" que a economia do Reino Unido "é resiliente e próspera".
Desde que tomou posse em janeiro passado, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o aumento de tarifas sobre os automóveis e aço e alumínio estrangeiros para 25%.
Na semana passada, o líder norte-americano decidiu impor uma tarifa de base de 10% sobre quase todas as importações dos EUA, nível em que está o Reino Unido, que é superior para certos países ou blocos como é o caso da União Europeia (20%) ou da China (34%).
O primeiro-ministro admitiu que o aumento das tarifas norte-americanas "é obviamente um grande desafio" para os britânicos e "para todo o mundo".
Starmer afirmou estar desiludido, mas, frisou, que o instinto neste momento é evitar uma retaliação imediata.
"Obviamente, temos de manter as nossas opções sobre a mesa e fazer o trabalho preparatório para a retaliação, se necessário. Mas penso que tentar negociar um acordo que atenue as tarifas é melhor", afirmou aos deputados.
Starmer adiantou estar a "falar com outros países que pensam da mesma forma sobre a redução das barreiras ao comércio" entre os respetivos mercados.
Nos últimos dias, o chefe do Governo britânico falou com os líderes da Austrália, Itália, França, Alemanha, Canadá e da União Europeia.
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