De acordo com imagens transmitidas pela emissora al-Masirah, controlada pelos Huthis, apoiados pelo Irão, o ataque derrubou um edifício de dois andares, descrito como uma loja de painéis solares.
A intensa campanha de ataques aéreos no Iémen, visando os rebeldes pelos seus ataques a navios em águas do Médio Oriente, em retaliação pela guerra entre Israel e o Hamas, provocou a morte a pelo menos 69 pessoas, de acordo com os Huthis.
No sábado, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou nas redes sociais um vídeo a preto e branco de um drone a atingir um grupo de dezenas de pessoas reunidas em círculo.
"Estes Huthis reuniram-se para receber instruções sobre um ataque", afirmou Trump. "Ups, não haverá ataque destes Huthis! Nunca mais afundarão os nossos navios!", acrescentou.
A Casa Branca disse que houve mais de 200 ataques até agora visando os Huthis.
A agência de notícias SABA, controlada pelos rebeldes do Iémen, citando uma fonte anónima, disse que o vídeo mostra um ataque a "uma visita social de Eid na província de Hodeida".
Os muçulmanos de todo o mundo acabam de celebrar o Eid al-Fitr, o festival no final do mês sagrado de jejum muçulmano, o Ramadão.
"Os presentes nesse encontro não tinham qualquer ligação com as operações levadas a cabo pelos [Huthis]", afirmou a SABA, acrescentando que o ataque matou e feriu dezenas de pessoas.
No sábado, o porta-voz militar dos Huthis, Yahya Sari, assumiu a responsabilidade por um novo ataque ao Harry S. Truman no mar Vermelho, apenas um dia após outro ataque contra este porta-aviões norte-americano.
"Nas últimas horas, forças de mísseis, a força aérea, sistemas de drones e forças navais envolveram-se em confrontos com (...) navios de guerra no norte do Mar Vermelho, incluindo o porta-aviões norte-americano Truman, utilizando mísseis de cruzeiro e drones", disse o porta-voz, na rede social X.
Sari acrescentou que os rebeldes também atacaram o navio de apoio ao porta-aviões norte-americano, que, segundo ele, "foi atingido por um míssil balístico" durante a operação.
O porta-voz saudou este ataque como um sinal de que o movimento está a "aproveitar todas as oportunidades para conquistar o povo palestiniano oprimido, cumprindo os seus deveres religiosos, morais e humanos".
Sari afirmou ainda que "continuarão as suas operações militares e defensivas até que a agressão em Gaza seja interrompida".
O grupo rebelde xiita iniciou as suas operações contra a navegação comercial no mar Vermelho em novembro de 2023 com o objetivo de prejudicar economicamente Israel em retaliação à guerra na Faixa de Gaza com o seu aliado palestiniano Hamas, ao mesmo tempo que lançou dezenas de ataques diretos contra o território israelita.
As ações dos Huthis no mar Vermelho e no golfo de Aden, uma região vital para a navegação comercial, levaram ao início de campanhas de bombardeamento no Iémen por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido.
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