UE eleva para 100 milhões de euros ajuda humanitária este ano à RDCongo

A União Europeia (UE) comprometeu-se hoje a conceder mais 40 milhões de euros em ajuda humanitária à República Democrática do Congo (RDCongo), elevando o total previsto para este ano para 100 milhões de euros.

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Lusa
04/04/2025 13:08 ‧ há 1 semanas por Lusa

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RDCongo

"A Comissão Europeia comprometeu-se a conceder mais 40 milhões de euros de ajuda humanitária à República Democrática do Congo, sob reserva de aprovação pela autoridade orçamental. [...] A UE já tinha prometido 60 milhões de euros para o país em janeiro de 2025 e a promessa de hoje eleva a ajuda total para 100 milhões de euros em 2025", indica o executivo comunitário em comunicado.

 

O anúncio foi feito após um debate hoje sobre a deterioração da situação humanitária no leste da RDCongo, organizado pela instituição europeia com o coordenador da ajuda de emergência das Nações Unidas e o comissário da União Africana para a Saúde, os Assuntos Humanitários e o Desenvolvimento Social.

A comissária europeia da Preparação e Gestão de Crises, Hadja Lahbib, representou a UE no encontro e declarou, em comunicado, que a crise na RDCongo "é uma catástrofe humanitária" que leva a que mais de 20 milhões de pessoas necessitem de ajuda humanitária e mais de sete milhões de pessoas estejam deslocadas internamente.

"O sofrimento é imenso e convoquei esta mesa redonda ministerial como um apelo à ação: temos de transformar as palavras em ajuda, os compromissos em alívio e a solidariedade em soluções duradouras", adiantou Hadja Lahbib, concluindo que "o mundo não pode ficar de braços cruzados" sem prestar ajuda.

Face às crescentes necessidades humanitárias, a UE já organizou uma operação de transporte aéreo humanitário, com a primeira parte desta operação a assegurar o transporte de 44 toneladas de ajuda, incluindo abrigos, 'kits' de higiene e cobertores para distribuição às famílias no território de Masisi.

Estão previstos outros voos e também transporte ferroviário para fornecer mais bens aos parceiros humanitários no terreno e chegar às populações mais vulneráveis afetadas pela escalada da violência e pelas deslocações da população no leste da RDCongo.

O anúncio surge um dia depois de o Parlamento Europeu ter condenado as "graves violações dos direitos humanos" cometidas na RDCongo por forças rebeldes, apelando a um cessar-fogo.

Numa votação por braço no ar, os eurodeputados denunciaram a "alarmante continuação da violência" causada pelo avanço dos rebeldes do Movimento 23 de Março (M23) e das Forças Democráticas Aliadas (FDA) e exigiram a retirada das forças ruandesas no país.

No texto aprovado apelava-se também a um cessar-fogo imediato na região leste da RDCongo.

O conflito no leste da RDCongo agravou-se no final de janeiro, quando o grupo rebelde M23 tomou Goma, capital da província de Kivu do Norte, e Bukavu, capital da província vizinha de Kivu do Sul, ambas fronteiriças com o Ruanda e ricas em minerais como o ouro e o coltan, essenciais para a indústria tecnológica e para o fabrico de telemóveis.

Leia Também: Congo reduz pena de morte a três norte-americanos para prisão perpétua

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