A antiga primeira-ministra da Escócia Nicola Sturgeon foi esta quinta-feira ilibada no âmbito de uma investigação policial que tinha na mira as finanças do Partido Nacional Escocês. Recorde-se que Sturgeon foi detida - e libertada - em junho de 2023, dizendo já na altura que "não fez nada de errado."
Em declarações à imprensa após o resultado ser conhecido, Sturgeon considerou que "este é o resultado que sempre foi esperado".
"Tal como disse, muitas vezes, não fiz nada de errado. Estava confiante deste resultado, as é obviamente um alívio", afirmou.
A antiga chefe de Governo disse que durante quase dois anos teve "uma nuvem" sob a sua cabeça devido a esta investigação, acrescentando que "não é uma surpresa para ninguém que a situação não tenha sido fácil de lidar". "Tenho tentado seguir com a minha vida e é o que vou fazer agora", apontou.
Note-se que a detenção de Sturgeon, que governou o país entre entre 2014 e fevereiro de 2023, surgiu meses após esta sair da liderança. Em abril de 2023, o seu então marido, Peter Murrell, foi detido no âmbito da mesma investigação, no mês seguinte a abandonar o partido onde era diretor executivo do partido há 20 anos. Com Murrell foi detido Colin Beattie, tesoureiro do partido.
A investigação focou-se no destino que 600 mil libras, cerca de 700 mil euros, tiveram, após serem angariados pelo partido político. Em causa estava uma angariação feita para financiar um novo referendo à independência.
Agora, também o antigo tesoureiro, Colin Beattie, foi ilibado.
"O homem de 73 anos, detido em 18 de abril de 2023, e a mulher de 54 anos, detida em 11 de junho de 2023, não foram acusados e já não estão a ser investigados", clarificam as autoridades, em comunicado citado pela Sky News.
A imprensa adianta ainda que Murrell, de 60 anos, não se declarou culpado de qualquer crime, esta quinta-feira, tendo sido libertado sob fiança. A próxima presença em tribunal ainda não tem data marcada.
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