Mais de 344 mil brasileiros internados em 2024 após falta de saneamento

O Brasil registou um total de 344,4 mil internamentos hospitalares por doenças causadas pela falta de saneamento básico, de acordo com informações do Sistema Único de Saúde (SUS) divulgadas hoje pelo Instituto Trata Brasil.

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Lusa
19/03/2025 16:04 ‧ há 4 horas por Lusa

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A informação faz parte de um estudo em que se analisou a incidência de doenças relacionadas com o saneamento ambiental inadequado no Brasil, com dados reunidos entre 2008 e 2024.

 

No ano passado, a maior parte dos internamentos por falta de saneamento básico adequado foram causadas por doenças transmitidas por inseto vetor (49% do total, ou 168,7 mil internamentos). O termo "inseto vetor" é utilizado para descrever insetos que agem como agentes transmissores de doenças. Quase a totalidade deste número (164,5 mil internamentos) foi provocada pelo vírus da dengue, que assola o país desde 2020.

 O segundo grupo com mais internamentos em hospitais públicos brasileiros foi o de doenças de transmissão por fezes (47,6%) com 163,8 mil casos.

No estudo aponta-se que a universalização do saneamento básico no Brasil reduziria em 86.760, anualmente, o número de internamentos por doenças relacionadas com a falta de saneamento básico.

Considerando os óbitos, os dados mais recentes destacados na análise do Instituto Trata Brasil apontam que o Brasil registou um total de 11.544 mortes provocadas por doenças relacionadas a falta de saneamento básico em 2023.

Quando se olha para a taxa de incidência de óbitos nota-se uma incidência bastante alta entre as crianças até aos 4 anos e ainda maior entre os idosos.

"O avanço do saneamento básico no Brasil irá reduzir a incidência de uma série de doenças, que infelizmente, (...) impactam mais severamente as crianças, os idosos, mulheres e pessoas autodeclaradas mulatas, asiáticas e indígenas", destacou Luana Pretto, presidente do Instituto Trata Brasil.

No estudo salienta-se ainda que a universalização do saneamento deveria acontecer num ritmo mais acelerado do que o atual para que o Brasil possa "melhorar a expectativa e qualidade de vida das populações mais vulneráveis".

Em 2024, cerca de 90 milhões de brasileiros viviam sem saneamento básico e quase 32 milhões sem acesso a água potável, segundo dados do Ranking do Saneamento 2024 do Instituto Trata Brasil. 

Leia Também: Governo do Brasil pede ações contra racismo

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