Pais do atacante de Southport tinham pedido ajuda com o filho à polícia

Segundo o The Independent, a polícia de Lancashire foi chamada à casa da família do atacante quatro vezes, entre 2021 e 2022.

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© cheesedoff3/ X (antigo Twitter)

Notícias ao Minuto
23/01/2025 22:43 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

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Southport

Os pais de Axel Rudakubana pediram ajuda à polícia em diferentes ocasiões devido ao comportamento preocupante do filho que era obcecado com violência, antes do ataque em Southport, Inglaterra, a 29 de julho de 2024.

 

Segundo o The Independent, a polícia de Lancashire foi chamada à casa da família do atacante quatro vezes, entre 2021 e 2022, mas em nenhum momento conseguiram identificar a ameaça que este representava.

Axel Rudakubana, de 18 anos, foi esta quinta-feira, 23 de janeiro, condenado a uma pena de prisão mínima de 52 anos, após o ataque onde morreram três crianças, entre elas uma portuguesa.

A última visita policial à casa do arguido foi feita a 14 de maio de 2022, após o pai do jovem ter contactado as autoridades a alegar que o comportamento do filho tinha escalado porque lhe tinham negado acesso ao computador.

Esta denúncia ocorreu apenas dois meses após Rudakubana ter sido encontrado com uma faca na sua posse num autocarro, depois da mãe o ter dado como desaparecido.

Para além disso, outra denúncia por parte dos familiares dava conta que o arguido tinha pontapeado o pai e danificado o seu carro, a 30 de novembro de 2021. No entanto, o pai não quis apresentar queixa da ocorrência.

Foi recomendado que Axel Rudakubana fosse acompanhado três vezes pelo programa governamental Prevent, que pretende evitar que jovens ou pessoas vulneráveis sejam radicalizadas e se tornem violentas.

A primeira vez ocorreu em 2019, quando a escola onde andava mostrou-se preocupada com o seu comportamento e pesquisas sobre tiroteios em massa. O conselho foi repetido em fevereiro de 2021, depois de um colega ter alertado para publicações do jovem nas redes sociais sobre Muammar Gaddafi, um antigo ditador líbio.

Uma terceira recomendação aconteceu dois meses depois, em abril de 2021, por um professor que o viu a usar o computador escolar para pesquisar o ataque terrorista na Ponte de Londres em 2017, que culminou na morte de oito pessoas e que feriu outras 48.

Apesar das ocorrências, não foi encaminhado porque foi considerado que não representava um risco de terrorismo.

Foi também divulgado, esta quinta-feira, que uma semana antes do ataque, Rudakubana tinha pedido um táxi, cujo destino seria a escola secundária Range, em Formby, mas foi impedido de seguir no mesmo pelo pai, de acordo com o The Independent.

O jovem, diagnosticado com transtorno do espectro do autismo, tinha sido expulso dessa mesma escola em 2019, por alegações que tinha em sua posse uma faca. Mais tarde, regressou à instituição onde atacou um aluno com um taco de hóquei e admitiu ter-lhe causado danos corporais.

O ataque com uma faca aconteceu durante uma aula de dança que tinha Taylor Swift como tema. Entre as vítimas mortais estavam a portuguesa Alice da Silva Aguiar, de 9 anos, Bebe King, de 6, e Elsie Dot Stancombe, de 7. Ficaram feridas outras oito crianças e dois adultos.

Leia Também: Atacante de Southport condenado a perpétua com pena mínima de 52 anos

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