O avião da Jeju Air despenhou-se por volta das 9h07 (00h07 em Lisboa) de domingo ao aterrar no aeroporto da cidade de Muan, no sul da Coreia do Sul, a cerca de 290 quilómetros da capital, Seul.
Todos os passageiros morreram, segundo o balanço final dos serviços de emergência, com exceção de uma hospedeira e de um comissário.
As pessoas que seguiam a bordo, dois cidadãos tailandeses e os restantes cidadãos sul-coreanos, tinham idades compreendidas entre os três e os 78 anos.
As identidades de 146 dos 179 mortos foram confirmadas até ao momento, segundo o vice-ministro da Aviação, Joo Jong-wan, que anunciou que Seul lançou uma "inspeção completa" aos 101 Boeing 737-800 utilizados pelas companhias do país.
O país declarou luto nacional de sete dias e as bandeiras foram colocadas a meia haste e, segundo as autoridades, a alegada causa da tragédia poderá ter sido uma colisão com aves.
Apesar da tese da colisão com as aves, especialistas de aviação têm centrado as suas críticas na arquitetura do aeroporto.
"Apesar da emergência, a aterragem foi notavelmente bem executada", disse à agência AFP Kim Kwang-il, professor de ciências aeronáuticas na Universidade Silla e antigo piloto.
Mas "normalmente não existe um obstáculo tão sólido no final da pista. É contra as normas internacionais de segurança da aviação recomendadas pela (...) Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) e pela Agência da União Europeia para a Segurança da Aviação (AUESA). A estrutura em causa fez com que o avião se incendiasse", afirmou o especialista.
"A maior parte dos passageiros morreu por causa deste obstáculo, o que é preocupante", alertou Kim Kwang-il, apelando à responsabilização das autoridades aeroportuárias.
No âmbito da investigação que está a decorrer, as caixas negras - o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo - foram encontradas no domingo.
A Agência Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos reuniu uma equipa de investigadores norte-americanos, incluindo da Boeing, para ajudar as autoridades sul-coreanas no apuramento das causas do acidente.
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