A mãe de Michael Frison, o jovem britânico que desapareceu em julho na ilha italiana de Sardenha sem deixar rasto, garantiu que nunca o ia deixar de procurar.
À publicação Observer, associada ao jornal britânico The Guardian, a progenitora, Cristina Pittalis defende que "não há razão" para que o seu filho tenha desaparecido, e que há respostas que deveriam ser mais esclarecidas.
Recorde-se que o jovem, de 25 anos, foi visto pela última vez numa quinta. A mãe de Michael falou com ele pela última vez a 12 de julho. Michael explicou à mãe que tinha conhecida uma mulher de Jersey, no Reino Unido, chamada Niomi, que estava à espera que o pai chegasse à ilha italiana. "Sentiu-se desconfortável ao deixá-la sozinha num país que não o dela e foi com ela para uma quinta [onde deveriam fazer voluntariado em troca de comida e alimentação]. O plano era ficarem lá até o pai dela chegar", relatou a mãe.
Segundo o que as autoridades explicam, o homem apareceu no dia 13 de julho depois de um passeio num estado de confusão mental, possivelmente devido a uma insolação. Várias pessoas nessa quinta terão tratado dele, antes de este ir dar um segundo passeio – do qual nunca voltou.
As roupas e calçado dele foram encontrados a cerca de 200 metros do local, e pertences como o seu computador e telemóvel na tenda onde ele estava a dormir.
A mulher com quem ele estava desapareceu da ilha pouco tempo depois e não está a ser investigada pelas autoridades. Foram feitas buscas logo após o desaparecimento, mas estas foram suspensas após duas semanas – tendo a investigação continuado. Ainda assim, a mãe de Michael tentou contactar Niomi, mas esta nunca respondeu às chamadas. "Seria útil que ela me contasse de novo a história, e à polícia também, para perceber melhor o estado de espírito do Michael", disse Pittalis, acrescentando: “Há tantas coisas que não batem certo”.
A mulher afirmou ainda que seria “impossível” que o filho fosse dar um passeio pela área, nu, numa área que é complicada e cujo solo consegue atingir os 45º C. "O meu instinto maternal diz-me que ele e foi levado e que há outras pessoas envolvidas", atirou.
A progenitora disse ainda que não havia sinais de que o filho estivesse com problemas a nível psicológico. Há ainda muitos voluntários que continuam à procura deste homem, e a mãe dele vai regressar à Sardenha a 6 de dezembro. "Estamos a viver num limbo. É extremamente difícil dormir. Mas nunca vou desistir" garantiu.
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