A equipa do Comando Geral do grupo islamita divulgou uma série de imagens que mostram Abu Mohammad al-Julani no meio da multidão na cidadela da localidade, considerada pela UNESCO Património Mundial da Humanidade e que foi capturada pelas fações rebeldes na passada sexta-feira, após apenas dois dias de combates.
Embora não tenha discursado no local, enviou uma mensagem, posteriormente difundida no canal Telegram do grupo, aconselhando as suas forças no terreno a "tratar bem" a população da cidade de Mharda, no norte da província de Hama, que é "uma cidade cristã".
Al-Julani apelou à população para que não saísse à rua e permanecesse em casa.
"Para que vejam em vós [as forças da OLL] o que é o Islão e a sua compaixão, e as recomendações do profeta. Dirijo a minha mensagem às famílias desta cidade, dizendo que tratámos bem os cristãos em Idlib e Alepo", uma cidade com uma forte presença cristã, afirmou al-Julani.
A província de Hama é atualmente o principal alvo da Organização de Libertação do Levante, herdeira da Frente al-Nusra - o antigo afiliado sírio da al-Qaeda - na ofensiva que hoje completa uma semana desde o seu início.
Esta é a primeira aparição pública de al-Julani em Alepo, uma mensagem simbólica de que asseguraram o controlo da cidade, outrora o coração industrial do país, enquanto al-Assad ainda não apareceu entre a população desde o início dos combates.
Mais de 700 pessoas foram mortas na última semana, incluindo mais de uma centena de civis, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
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