"Há preocupações reais e genuínas sobre o investimento chinês no México, que eu levantei diretamente com a presidente mexicana [Claudia Sheinbaum, durante a cimeira do G20 no Brasil] e que os três países vão ter de resolver", disse Trudeau numa conferência de imprensa em Toronto.
"Deixamos a porta aberta porque o meu trabalho é e será sempre defender os trabalhadores canadianos, defender a economia canadiana e defender os interesses canadianos", acrescentou.
A ideia de excluir o México foi inicialmente lançada por Doug Ford, chefe de governo da província de Ontário, a mais industrial do Canadá e onde se concentra todo o sector automóvel do país.
Doug Ford censurou as autoridades mexicanas por não imporem as mesmas tarifas que os Estados Unidos e o Canadá anunciaram para os veículos chineses.
Posteriormente, outros chefes de governo provinciais do Canadá manifestaram apoio às palavras de Doug Ford.
Trudeau acrescentou que o acordo comercial em vigor entre os três países, conhecido como T-MEC, é "extraordinário".
"Tem sido um sucesso incrível para a economia canadiana, para a economia norte-americana e para a economia mexicana. É algo que gostaríamos de manter", explicou.
O T-MEC, negociado e ratificado durante a primeira presidência de Donald Trump (2017-2021) para substituir o Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA) original, incorpora uma revisão automática em 2026, o que poderá abrir a porta para a exclusão do México.
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