O ministro da Defesa japonês, o general Nakatani, e o seu homólogo chinês, Dong Jun, mantiveram este encontro bilateral à margem da reunião ministerial da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), composta pelo Myanmar (antiga Birmânia), Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Tailândia, Singapura e Vietname, que teve início na véspera na capital laociana, com a participação de outros países, como o Japão e os Estados Unidos.
Segundo o governo japonês, o referido incidente aéreo, ocorrido em agosto passado, em que um avião dos serviços secretos do Exército chinês violou brevemente o seu espaço aéreo nacional, naquela que é a primeira violação deste tipo no arquipélago por um avião de um país vizinho, foi discutido nas conversações.
Pequim disse a Tóquio que se tratou de uma intrusão não intencional e que o avião foi forçado a fazê-lo devido a turbulência e, apesar de ter em conta estas explicações, o governo japonês continua a considerar o incidente uma violação do seu espaço aéreo e da sua soberania.
Este incidente vem juntar-se às constantes intrusões que Tóquio tem vindo a denunciar por parte de navios da Guarda Costeira chinesa nas águas em torno das ilhas Senkaku, que são administradas pelo Japão mas reivindicadas pelo país vizinho, que lhes chama Diaoyu.
Neste contexto, os dois países concordaram em manter aberta a sua linha direta para discutir incidentes deste tipo, que foi criada em 2023 e que tem como objetivo evitar uma escalada de qualquer contingência.
O Japão e a China realizaram a sua última reunião bilateral entre ministros da Defesa em junho passado, em Singapura, e a reunião de hoje é a primeira com Nakatani como ministro da Defesa desde que tomou posse em 1 de outubro.
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