"Dois comboios que transportavam xiitas foram atacados" em Kourram (noroeste), segundo Javed Ullah Mehsud, da administração local, que referiu 32 mortos e 13 feridos.
Um agente da polícia no local confirmou os números à AFP, sob condição de anonimato.
A AP relatou, por seu lado, que homens armados abriram fogo contra veículos de passageiros no distrito da província de Khyber Pakhtunkhwa.
Ainda ninguém reivindicou o ataque, que ocorrera uma semana depois de as autoridades terem reaberto uma importante autoestrada da região, depois do seu encerramento durante semanas na sequência de confrontos mortíferos.
Nusrat Hussain, oficial da polícia local, avançou que vários veículos com passageiros viajavam num comboio da cidade de Parachinar para Peshawar, a capital de Khyber Pakhtunkhwa, quando homens armados abriram fogo.
O Presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, condenou o ataque e apresentou as suas condolências às famílias das vítimas e ordenou às autoridades que tomassem medidas contra os autores do atentado.
Os muçulmanos xiitas representam cerca de 15% dos 240 milhões de habitantes do Paquistão, de maioria sunita, que tem um historial de animosidade sectária entre as duas comunidades.
Embora convivam pacificamente no país, há décadas que existem tensões nalgumas zonas, especialmente em zonas do Kurram, onde os xiitas dominam.
Em julho, cerca de 50 pessoas de ambos os grupos morreram.
O Paquistão também está atualmente a levar a cabo operações baseadas em informações num conflito na província do Baluchistão, onde a maior parte da violência tem sido atribuída aos talibãs paquistaneses e ao Exército de Libertação do Baluchistão.
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