Numa nota datada de terça-feira, os bancários reformados "exigem a reposição da tabela única para ativos e reformados, conforme aprovado em reunião de 23 de outubro de 2024, na sede da UGT".
Nesta reunião, os reformados da banca mandataram a direção a "desenvolver as diligências necessárias junto do Governo e da APBpara a rápida reposição" desta tabela.
Os reformados argumentam que o contrato de trabalho na banca foi construído com uma tabela única para ativos e reformados e que a pensão de muitos reformados do setor está "miseravelmente reduzida à proximidade do salário mínimo nacional, enquanto os lucros da banca estão a alcançar valores nunca antes vistos".
Os autores do documento assinalam que foram criadas duas tabelas para manter os valores líquidos iguais para ativos e reformados "quando, a determinada altura, os encargos fiscais oneravam mais os ativos que os reformados".
No entanto, essa alteração não foi revertida quando os encargos fiscais voltaram a ser iguais -- algo que deveria ter acontecido.
Da mesma forma, a os bancários reformados registam que o Acordo Coletivo de Trabalho de 1990 estabelece que se houver alterações no IRS, "as mensalidades serão corrigidas em conformidade".
O secretariado de Reformados do Mais Sindicato critica a passividade da UGT e considera que os reformados estão a ser discriminados, uma vez que o valor da reforma "já ignora à partida todas as remunerações variáveis recebidas no ativo, sobre as quais o reformado pagou impostos".
"Passados seis meses nem as direções sindicais nem a UGT fizeram nada para repor o que é devido", lamentam, acrescentando que a passividade da central sindical é "ainda mais escandalosa porque são os bancários que a sustentam e o próprio secretário-geral, Mário Mourão, é bancário reformado".
O secretariado de Reformados do Mais Sindicato insta a UGT e os sindicatos a "acordar já" e a juntarem-se às comemorações do 1.º de Maio organizadas pela central sindical, no Centro Nacional Desportivo do Jamor.
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