"Saúdo (...) este regresso à razão económica e a um pouco de realismo", afirmou numa entrevista ao noticiário televisivo da France 2, alertando para a "grande imprevisibilidade' da política norte-americana.
Donald Trump anunciou hoje que vai suspender por três meses algumas das sobretaxas impostas aos parceiros comerciais dos Estados Unidos, que entraram oficialmente em vigor no mesmo dia.
Com exceção da China, para a qual o Presidente norte-americano vai aumentar "imediatamente" para 125% o total das taxas alfandegárias impostas aos seus produtos, os outros países ficarão apenas sujeitos a uma sobretaxa de 10%.
"Esta imprevisibilidade funciona contra a confiança e contra o crescimento (...) mas acontece que, esta noite, a imprevisibilidade funciona na direção certa e temos menos más notícias", detalhou.
Para já, a União Europeia - e, portanto, a França - escapam aos aumentos de 20% inicialmente anunciados.
"A verdade é que o protecionismo é uma má política que irá prejudicar sobretudo a economia dos Estados Unidos", declarou Villeroy de Galhau.
Para a União Europeia, "as coisas são mais matizadas", acrescentou, explicando que não "esperava que a inflação aumentasse" em resultado da política comercial dos EUA.
"Estávamos a ganhar a batalha contra a inflação (...) e não estamos à espera de qualquer desvio", porque "a Europa não vai aplicar tarifas tão fortes como os Estados Unidos", acrescentou.
No entanto, o governador defende haverá "um efeito negativo no crescimento da Europa", embora o Banco de França não "espera uma recessão este ano" em França.
"Com base na falta de respeito que a China tem demonstrado para com os mercados mundiais, venho por este meio aumentar a tarifa cobrada à China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato", escreveu Donald Trump na rede social, Truth Social.
"A dada altura, esperemos que num futuro próximo, a China perceberá que os dias de roubo aos EUA e a outros países já não são sustentáveis ou aceitáveis", sustentou.
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