"As expectativas são bastantes boas. Estamos a falar de uma taxa de ocupação nos hotéis e nos alojamentos locais sempre acima dos 90%", disse hoje Henrique Carvalho da Silva, da APHORT, em entrevista telefónica à agência Lusa, a propósito das previsões para o período pascoal deste ano, que se assinala a 20 de abril.
Segundo Henrique Carvalho da Silva, a Páscoa é "historicamente" um período bastante forte, sobretudo para o mercado espanhol e obviamente também o nacional.
"É um período de bastante procura", pois além da sexta-feira Santa da Páscoa em Portugal ser feriado, em Espanha também é feriado na "própria quinta-feira de Páscoa e, por norma, os espanhóis viajam bastante nessa semana".
A juntar à tradição histórica de haver muita procura turística, Henrique Carvalho da Silva destaca o facto de haver vários fins de semana prolongados devido aos feriados nacionais e europeus.
Há o feriado do 25 de abril -- Dia da Revolução dos Cravos - a uma sexta-feira logo a seguir à Páscoa, depois há o feriado de 1 de maio -- Dia Internacional do Trabalhador -- numa quinta-feira, e por fim há o feriado de 8 de maio -- Dia da Vitória da Europa que assinala a derrota da Alemanha nazi na II Guerra Mundial em 1945, e que este ano calha também a uma quinta-feira.
A Páscoa tardia com a previsão de tempo mais primaveril e os três feriados a convidar para fins de semana prolongados são os pressupostos para trazer "um bocadinho mais de procura do que noutros anos", considerou Henrique Carvalho da Silva.
O facto de a Páscoa de 2025 ser tardia "significará, em princípio, melhores condições atmosféricas e obviamente mais procura, do que por exemplo, no ano passado que foi no final de março [dia 31]", acrescenta aquele responsável da APHORT.
Henrique Carvalho da Silva lembra, contudo, que hoje em dia as pessoas reservam "mais em cima da hora" e, por isso, também é mais difícil dar números precisos sobre a taxa de ocupação hoteleira para a Páscoa com esta antecedência.
"Não temos ainda dados precisos. A própria APHORT lançou na última semana um pedido de informações aos seus associados para ter dados mais concretos e ainda não temos respostas concretas, porque só mais em cima da hora é que se consegue ter valores mais concretos", explicou.
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