Lucro da Jerónimo Martins cai 20,8% em 2024 para 599 milhões

O lucro da Jerónimo Martins caiu 20,8% no ano passado, face a 2023, para 599 milhões de euros, anunciou hoje a dona da cadeia de supermercados Pingo Doce, Biedronka e Ara.

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Lusa
19/03/2025 20:03 ‧ há 5 horas por Lusa

Economia

Jerónimo Martins

Em igual período, as vendas subiram 9,3% para 33.464 milhões de euros.

 

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) subiu 2,9% para 2.232 milhões de euros.

"Tal como antecipado, após os aumentos de preços extraordinários dos dois anos anteriores, o ano de 2024 foi marcado pelos duros efeitos da combinação de uma acentuada queda da inflação alimentar com a subida significativa dos custos", refere o grupo, no comunicado dos resultados.

"A este contexto particularmente difícil juntou-se a falta de dinamismo do consumo, com especial relevo no nosso principal mercado -- a Polónia --, que veio intensificar a competição por volumes", aponta a Jerónimo Martins.

As vendas da cadeia de retalho alimentar Biedronça "em moeda local cresceram 4,1%, com um LFL ['like-for-like', ou seja, vendas em lojas que operaram sob as mesmas condições no período em análise] de -0,3%" e, em euros, estas atingiram os 23,6 mil milhões, "mais 9,6% do que em 2023".

O trabalho "notável da nossa maior insígnia, que operou com deflação no seu cabaz ao longo dos doze meses do ano, resultou no crescimento das vendas em volume e da quota de mercado, mesmo num contexto de contenção do mercado de retalho alimentar e face ao forte comparativo de 2023", adianta o grupo.

O EBITDA da Biedronka "diminuiu 1,3% (-6,3% em moeda local)".

No ano passado, a marca "continuou a reforçar a sua presença no mercado, beneficiando da flexibilidade desenvolvida para adaptar o seu formato às oportunidades existentes, abrindo 186 novas lojas no ano (161 adições líquidas), e remodelando 280 localizações".

"A operação Q-commerce (entregas ultrarrápidas), que opera sob a marca Biek, abriu cinco novos micro 'fulfilment centres', tendo finalizado o ano com um total de 23", refere ainda.

As vendas da Hebe, cadeia de saúde e beleza polaca, cresceram "18,1% (em moeda local), com o LFL a fixar-se em 8,5%" e, "em euros, as vendas atingiram 583 milhões, 24,3% acima de 2023".

As vendas 'online' da Hebe "representaram cerca de 20%" do total do ano.

De acordo com a Jerónimo Martins, "o bom desempenho de vendas, a cuidadosa gestão do mix de margem e o controlo apertado dos custos traduziram-se num aumento do EBITDA de 39,4% (+32,4% em moeda local), com a respetiva margem a subir para 10,2% (9,1% em 2023)".

A Hebe "registou 36 aberturas de lojas no mercado polaco (33 adições líquidas), a que acresceram, no final do ano, a abertura de duas lojas na Eslováquia e uma outra na República Checa".

Em Portugal, a cadeia de supermercados Pingo Doce "manteve uma forte intensidade comercial e implementou as suas campanhas promocionais de reconhecida popularidade".

O grupo adianta que "a insígnia continuou a expandir o novo conceito de loja, reforçando as suas ofertas únicas em soluções de refeições prontas e produtos frescos". As vendas subiram 4,5% para os 5,1 mil milhões de euros, e um LFL de 4% (excluindo combustível).

"Este bom desempenho de vendas, que contou com o contributo da área de Meal Solutions, e o foco na produtividade e eficiência operacionais permitiram que a margem EBITDA, se mantivesse estável em relação ao ano anterior em 5,8%, apesar do investimento em preço e da acentuada inflação nos custos" e o EBITDA progrediu 5,1% para 296 milhões de euros.

O Pingo Doce "deu seguimento ao 'roll-out' do conceito All About Food, reforçando o destaque dado aos produtos frescos e às Meal Solutions, e remodelou 64 lojas, tendo aberto 10 novas localizações no ano e encerrado três".

As vendas do Recheio atingiram 1,4 mil milhões de euros, 1,9% acima de 2023, com um LFL de 2,1%.

"A insígnia reforçou a dinâmica comercial e a competitividade, como forma de aumentar a sua base de clientes e os volumes, num contexto em que o canal HoReCa [Hotéis, Restaurantes e Cafés] revelou sinais de pressão, registando uma contração da respetiva margem EBITDA que se cifrou em 5,1% (5,4% em 2023)", sendo que o EBITDA caiu 4,6% para 69 milhões de euros.

Na Colômbia, a Ara, em moeda local, registou um aumento das vendas em 11,1%, com um LFL de 0,2%.

"Em euros, as vendas atingiram 2,9 mil milhões, 17% acima de 2023", sendo que o EBITDA "foi de 96 milhões de euros, mais do dobro do valor registado em 2023 (+102,3% em moeda local), com a respetiva margem a situar-se nos 3,4% (1,9% em 2023)".

A Ara "executou com sucesso o seu programa de expansão, inaugurando 150 novas lojas e terminando o ano com um parque de 1.438 localizações", refere o grupo, adiantando que esta "abriu um novo centro de distribuição no início de 2024, e investiu em infraestruturas logísticas que abriram já no início de 2025".

O programa de investimento "cifrou-se em mil milhões de euros", adianta o grupo, referindo que "a expansão absorveu 40% do capex do ano, com a inauguração de um total de 385 novas lojas (352 adições líquidas)".

[Notícia atualizada às 21h35]

Leia Também: PSI em baixa com Mota-Engil e Jerónimo Martins a descerem mais de 1,10%

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