Segundo a página do IGCP na agência Bloomberg, em BT com vencimento em 20 de março de 2026 (um ano) foram colocados 1.223 milhões de euros, abaixo do montante máximo indicativo, à taxa média de 2,227% e a procura atingiu 3.030 milhões de euros, 2,48 vezes o montante colocado.
No anterior leilão comparável, em 15 de janeiro, o IGCP colocou 1.000 milhões de euros, mínimo do montante indicativo anunciado, em BT com vencimento em 16 de janeiro de 2026 (um ano) à taxa média de 2,416% e a procura atingiu 2.673 milhões de euros, 2,67 vezes o montante colocado.
Para hoje, o IGCP tinha anunciado um leilão de Bilhetes do Tesouro (BT) com maturidade de um ano com um montante indicativo entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros.
Comentando o leilão de hoje, Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa, afirma que "a descida das taxas reflete o movimento de cortes que o BCE (Banco Central Europeu) tem vindo a fazer nas taxas de juro, bem como as expectativas de que continue a reduzi-las ao longo deste ano".
"A curva das taxas de juro mantém-se invertida nas maturidades de curto prazo, ou seja, a partir de um ano, para prazos mais longos, taxas mais elevadas", refere Filipe Silva, acrescentando que "não obstante, as taxas de curto prazo têm seguido uma trajetória descendente, tendência que se espera que prossiga".
Em dezembro, o IGCP disse que o "montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2025 deverá situar-se em cerca de 18.000 milhões de euros".
Em 2025, a entidade espera que "o financiamento líquido resultante da emissão" de Bilhetes do Tesouro produza "um impacto positivo de 4.600 milhões de euros", destacou.
[Notícia atualizada às 11h57]
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