Praça portuguesa pretende atrair mais clientes na maior feira de vinhos do mundo

Portugal vai estar na ProWein, a principal feira de vinhos do mundo que se realiza na Alemanha, com 250 empresas e uma disposição de stands inédita, que inclui uma praça central, para atrair mais compradores.

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Lusa
14/03/2025 16:24 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

ProWein

"Os stands vão estar orientados para formar ruas para essa praça, que é uma zona comum a toda a participação portuguesa. Terá duas áreas de provas livres e uma área de seminários, onde estão previstos 17. É uma disposição diferente, um conceito novo, que tem como objetivo atrair mais clientes", revelou Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal.

 

A participação portuguesa nesta feira, que arranca no domingo, em Dusseldorf, será ligeiramente inferior à do ano passado, mas também irá beneficiar, pela primeira vez, de uma localização privilegiada.

"Este ano a localização é muito boa, e esperamos atrair mais pessoas por causa disso. Em anos anteriores ficámos em stands menos favoráveis. Embora não se tenha sentido tanto porque Portugal já é uma atração. Antes, víamos que os compradores iam à feira à procura de vinhos dos outros países, e no último dia passavam por Portugal. Agora não, os dias mais fortes são os primeiros porque os compradores vão diretamente ter connosco. Há um interesse grande", salientou, em declarações à Lusa.

A ViniPortugal é a associação interprofissional do vinho e tem como missão promover a imagem de Portugal enquanto produtor de vinhos por excelência, valorizando a marca "Vinhos de Portugal/Wines of Portugal".

Frederico Falcão esclarece que, até à data, a ProWein tem sido a mais importante feira para os produtores portugueses, mas isso pode mudar este ano.

"A feira Wine Paris, que se realizou em fevereiro, cresceu muito. Há algum receio que a ProWein este ano seja inferior, em termos de atração de compradores, à Wine Paris. Vamos ver como é que corre. Mas é, sem dúvida, uma feira importante para os produtores nacionais, daí a nossa presença massiva", apontou.

"Tem havido alguma redução do consumo mundial, com a China a cair muito, tal como os Estados Unidos. Isto tem levado a algumas dificuldades no setor vitivinícola, incremento de custos, e uma pressão grande do mercado, com margens cada vez mais pequenas. Os produtores estão com uma situação económica mais débil, e têm de optar. Fazem menos ações e são mais cirúrgicas", esclareceu.

As exportações dos vinhos portugueses cresceram 4,46% em 2024, para 965,8 milhões de euros, apesar do decréscimo do preço médio por litro, que caiu 3,88%, fixando-se nos 2,78 euros.

França manteve-se como o principal destino e a Alemanha caiu do sexto para o sétimo lugar, antes ocupado pelo Canadá, principalmente pela sua "situação económica menos favorável e pela retração no consumo".

O mercado alemão representou em 2024 cerca de 47,3 milhões de euros, com uma quebra em valor de 2,8% e uma ligeira subida em volume de 0,4%. Tal como nos restantes mercados, houve uma redução do preço médio de 3,1%.

A ProWein começa em 16 de março e termina a 18. A feira contará com cerca de cinco mil expositores provenientes de mais de 60 países, apresentando vinhos e bebidas espirituosas de diversas regiões produtoras de todo o mundo.

Leia Também: Tarifas dos EUA vão "penalizar fortemente" exportação de vinho

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