Na antevisão ao encontro da quarta jornada da fase de liga, em Almaty, a partir das 20:30 locais de quinta-feira (15:30 de Lisboa), o técnico de 43 anos salientou que os vários departamentos do clube trabalharam para garantir aos jogadores a melhor adaptação possível e prometeu uma boa resposta, após uma viagem de mais de 6.700 quilómetros, a partir do Porto, que durou mais de oito horas.
"As partes da alimentação e do sono são as que mais nos preocupam. Conforme está hoje, este é um frio que também apanhamos em Portugal no inverno. Estamos acostumados. Vamos tentar minimizar as consequências. Estamos convencidos de que os jogadores se vão adaptar da melhor forma possível para darmos uma boa resposta", disse.
À frente de um conjunto que soma apenas vitórias nos jogos realizados para a Liga Conferência na presente época, seis nas pré-eliminatórias e três na fase de liga, Rui Borges avisou que o Astana, 25.º classificado, com três pontos, fruto de um triunfo e dois desaires, vai ser "um adversário difícil".
A jogar a Liga Conferência em 'casa emprestada', a mais de 1.200 quilómetros da capital do Cazaquistão, onde está sediado, o Astana terminou o campeonato nacional em 10 de novembro, na segunda posição, e pode estar preparado para dar algo mais nas três jornadas que restam na fase de liga, até pela "pequena esperança" de obter um dos 24 primeiros lugares e de assegurar o play-off.
"Nos primeiros jogos da Liga Conferência, o Astana operou muitas mudanças e atuou num sistema tático diferente. Julgo que isso se deveu a estarem no final do campeonato, a lutarem pelo título. Nos jogos da Liga Conferência, fizeram bastantes mudanças no 'onze' inicial, passando para uma estrutura de cinco defesas. No campeonato, não usavam essa estrutura", comparou o técnico vitoriano.
Convencido de que o Vitória tem capacidade para "estar por cima" em alguns momentos e de "saber sofrer" como conjunto noutros, o 'timoneiro' disse que a eventualidade de uma derrota não lhe "passa sequer pela cabeça" e prometeu uma equipa com "pensamento exclusivo na vitória", a lutar por ela até ao fim.
Ao lado de Rui Borges, o médio Tomás Händel admitiu que um triunfo na quinta-feira seria "a cereja no topo do bolo" do seu 24.º aniversário, que comemora hoje, e rejeitou que a viagem a Almaty, onde se prevê uma temperatura de três graus celsius na hora do jogo, seja um sacrifício para os jogadores.
"Não olho para isto como um sacrifício. É um privilégio podermos representar o clube nestas competições. Sabemos da exigência do clube, que quer andar nestes palcos. Para isso, temos de estar dispostos a estas viagens. Fisicamente, não estamos habituados a viagens tão longas, mas somos jogadores de futebol e temos de ter capacidade de adaptação", realçou.
O Vitória de Guimarães, quinto classificado, com nove pontos, defronta o Astana, do Cazaquistão, 25.º, com três, em jogo da quarta jornada da fase de liga da Liga Conferência, no Estádio Central, em Almaty, a partir das 20:30 locais de quinta-feira (15:30 de Lisboa), com arbitragem do montenegrino Nikola Dabanovic.