A SCML refere que esta candidatura "reforça o papel central do Museu de São Roque na preservação e valorização do património móvel nacional".
A candidatura surge no contexto do 120.º aniversário do Museu de São Roque, que se celebra no próximo sábado, dia durante o qual será gratuita a entrada na instituição, adianta a SCML.
A Capela de S. João Batista foi uma encomenda do rei João V aos arquitetos italianos Luigi Vanvitelli e Nicola Salvi, em 1742, tendo sido construída em Roma, de onde foi enviada para Lisboa e assente no espaço da antiga Capela do Espírito Santo.
A decoração inclui elementos em bronze dourado, embutidos de madeira e marfim e variados materiais de pedras nobres. A capela possui três painéis figurativos em mosaico, também usado no pavimento, e outros três em relevo, além de figurações escultóricas em mármore, situadas ao nível do remate do retábulo, da cobertura e do arco exterior da capela, encimado pelas armas reais portuguesas entre figuras de anjos.
A coleção da Capela de São João Batista também inclui paramentaria e ourivesaria.
O Museu de São Roque, lembra a Santa Casa, foi inaugurado em 1905, enquadrando-se entre "os mais antigos do país". Segundo a SCML, constitui um dos mais sgnificativos símbolos do seu património cultural, "possuindo uma importante coleção de arte sacra portuguesa" e testemunhando "um percurso notável de preservação, estudo e divulgação do património histórico e artístico da instituição".
As celebrações do 120.º aniversário do espaço museológico, no próximo sábado, prevêm uma programação contínua de 12 horas, das 10:00 às 22:00, com atividades como uma conversa sobre a candidatura da coleção, com a investigadora Teresa Vale, seguida de visita guiada.
Haverá ainda uma visita temática pelos 120 anos do Museu, "explorando episódios marcantes da sua história", uma atividade em família, "refletindo sobre o papel dos museus e como 'montar' um museu", adiante o comunicado da SCML.
Da programação consta ainda o concerto "As Amelianas", dedicado à estética musical do período da rainha D. Amélia (1886-1910), com obras de Gounod, Massenet e Rossini, entre outros compositores, num espetáculo resultado de uma investigação no arquivo do Paço Ducal de Vila Viçosa/Fundação da Casa de Bragança.
A interpretação será do barítono Rui de Luna, acompanhado pelos músicos Marcos Lázaro (violino) e Pedro Vieira d'Almeida (piano).
Será ainda aberta uma exposição que vai reunir "documentos e periódicos históricos sobre a inauguração do museu".
A programação está disponível aqui.
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