A manipulação de quilómetros é uma prática que não é nova e que, infelizmente, não tem reduzido não só em Portugal, como também na Europa.
Se pretende adquirir um automóvel usado e quer certificar-se de que os quilómetros são reais, há certos passos que o podem ajudar.
O primeiro, para automóveis nacionais, é pedir uma certidão junto do Instituto de Mobilidades e dos Transportes (IMT) com os quilómetros registados. Para isto não precisa de ser o proprietário do automóvel, basta apenas saber a matrícula e fazer essa requisição - o proprietário nem sequer terá conhecimento de que o fez. Tem o custo de 30 euros (27 se fizer o pedido online) e fica com as quilometragens anotadas em cada uma das inspeções obrigatórias do veículo.
No caso de querer saber informações ao nível da quilometragem de um carro importado, o melhor a fazer é aceder a dois websites: www.autodna.com e o uk.vin-info.com. Aqui, a obtenção dos reais quilómetros do automóvel consegue-se a partir do VIN (Vehicle Identification Number), que é o número do quadro do carro que está no Documento Único Automóvel, e custa cerca de 10 euros. Através do VIN conseguirá também saber quantos proprietários já teve a viatura e até se esteve envolvida em acidentes.
Ainda assim, tenha em atenção que estes não são métodos infalíveis. Há inúmeras maneiras de manipular quilómetros e cada vez mais difíceis de apanhar. Tendo em conta, por exemplo, que a primeira inspeção no IMT ocorre ao fim de quatro anos, o proprietário do automóvel antes de se deslocar à inspeção pode fazer a redução dos quilómetros. Porém, para casos como este, pode sempre contactar a marca para saber todas as informações sobre as revisões efetuadas.