Esta foi uma das ideias defendidas por Daniel Adrião segunda-feira à noite, durante a Comissão Política Nacional do PS, e à qual a agência Lusa teve acesso, uma reunião que decorreu na sede nacional socialista tendo em conta a atual situação de crise política.
O antigo candidato à liderança do PS considerou que seria "mais avisado esperar pelas conclusões do processo de averiguações da Procuradoria-Geral da República", e verificar se iria ser aberto um inquérito-crime ao primeiro-ministro, e só depois "se tomasse a decisão de avançar com uma comissão parlamentar de inquérito".
Para Daniel Adrião, a queda do Governo e as terceiras eleições legislativas em três anos só se justificam caso se demonstre "de forma inequívoca" um "nexo de causalidade entre uma falha ética e uma conduta ilegal do primeiro-ministro".
A pergunta do dirigente socialista "é se há neste momento condições para estabelecer esse nexo de causalidade".
A semana passada, em resposta à Lusa, sobre se existe algum inquérito relacionado com Luís Montenegro e com a Spinumviva - empresa que o primeiro-ministro criou com a sua mulher e filhos -, o Ministério Público confirmou "a receção de denúncia anónima, a qual se encontra em análise", ainda que sem especificar quais os indícios que podem estar em avaliação.
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