"A devastação é generalizada (...). Não há dúvida de que o número de mortos vai continuar a aumentar", disse Bishop, num vídeo divulgado nas redes sociais pela ONU em Myanmar (antiga Birmânia).
De acordo com a junta militar, que está no poder desde o golpe de fevereiro de 2021, o sismo causou pelo menos 3.649 vítimas mortais.
A diplomata australiana apelou à comunidade internacional para que ajude na "reconstrução" do país, destacando a "urgência" das necessidades humanitárias "esmagadoras" no rescaldo da catástrofe, incluindo "material médico, abrigo, alimentos e água".
"Mas, acima de tudo, o que eles querem é paz", comentou Bishop.
A representante da ONU está em Myanmar para a primeira visita desde que assumiu o cargo, em abril de 2024, e que coincide com a situação de emergência causada pelo terramoto, que destruiu milhares de edifícios.
Numa das zonas da capital, Naypyidaw, devastada pela catástrofe natural, Bishop reuniu-se na quarta-feira com o representante da diplomacia do regime militar, Than Swe, com quem discutiu a coordenação da assistência e da resposta às pessoas afetadas pelo terramoto, segundo a imprensa oficial.
No rescaldo da catástrofe natural de 28 de março, tanto os militares pró-golpe como a principal oposição armada e outras guerrilhas étnicas declararam um cessar-fogo temporário para facilitar a distribuição da ajuda humanitária.
Apesar do cessar-fogo declarado pela junta militar, os grupos que se opõem ao regime militar registaram mais de 60 ataques aéreos e de artilharia na sequência do terramoto.
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