A rebelião, conhecida como "Naxalite" em referência ao seu local de nascimento no estado de Bengala Ocidental, opõe-se ao Governo indiano desde a década de 1960. O conflito já custou mais de 10.000 vidas.
"Até ao momento, recuperámos 16 corpos do acampamento maoísta", disse à agência France Presse um agente da polícia do distrito de Bastar, no centro-leste do país, alertando para o facto de o número de mortos poder aumentar.
O confronto ocorreu no estado de Chhattisgarh, após o lançamento pelas forças de segurança de um ataque nas densas florestas do distrito de Sukma, disse o agente.
De acordo com a mesma fonte, os combates prosseguem e as tropas governamentais descobriram lança-foguetes, lança-granadas e espingardas de assalto num esconderijo de armas dos rebeldes.
A insurreição naxalita afirma estar a lutar pelos direitos das populações marginalizadas, exigindo terras, empregos e a redistribuição pela população local de uma parte dos recursos naturais abundantes da região.
O movimento efetuou incursões em numerosas localidades do sul e do leste da Índia, tendo aumentado a sua força e o seu número, sobretudo durante a década de 2000, atingindo no seu auge entre 15.000 e 20.000 membros armados.
Em resposta, Nova Deli enviou dezenas de milhares de soldados para uma zona conhecida como "Corredor Vermelho", reduzindo consideravelmente a força de ataque da rebelião.
O Ministro do Interior, Amit Shah, prometeu erradicar o resto da insurreição até ao início de 2026. Mais de 110 rebeldes maoístas foram mortos em 2025, incluindo 30 no início de março em dois confrontos separados.
No que diz respeito ao Governo, pelo menos nove soldados perderam a vida em janeiro num ataque bombista à beira da estrada.
Em 2010, 76 paramilitares morreram na sequência de uma emboscada. Este foi o ataque mais mortífero da rebelião contra as forças de segurança indianas.
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