"O instrumento da confrontação política é a palavra e não a violência. Nenhuma motivação política ou religiosa justifica o espancamento de pessoas", declarou o juiz Jürgen Schäfer ao anunciar a decisão do tribunal.
Lina E. tinha sido condenada a cinco anos e três meses de prisão por ter participado em ações violentas contra supostos neonazis nos estados da Turíngia e da Saxónia, na Alemanha oriental, entre 2018 e 2020.
Uma das funções de Lina E. consistia em impedir que outros viessem em auxílio das vítimas do grupo, utilizando gás hilariante.
A condenação foi alvo de recurso tanto por parte da defesa, que pedia uma redução da pena, como por parte da acusação, que pretendia que, na sentença, Lina E. fosse apontada como líder do grupo. Ambos os recursos foram indeferidos.
Lina E. foi colocada em liberdade condicional em maio de 2023, após a pronúncia da sentença e depois de ter passado dois anos e meio em prisão preventiva.
Agora, Lina E. terá de regressar à prisão, embora provavelmente apenas por alguns meses, uma vez que o tempo passado em prisão preventiva será tido em conta e, normalmente, na ausência de circunstâncias agravantes, um condenado é colocado em liberdade condicional após cumpridos dois terços da pena.
Leia Também: Confiança dos investidores na economia alemã volta a subir em março