Num comunicado de imprensa, os antigos líderes e membros da Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (IDEA, na sigla em espanhol) salientaram que estes venezuelanos são vítimas de grupos criminosos.
A nota foi enviada após a deportação de mais de 200 venezuelanos no fim de semana para uma prisão de alta segurança para criminosos perigosos em El Salvador, apesar das alegações de que nem todos os expulsos pelos EUA pertencem ao grupo Tren de Aragua, algo negado pela Casa Branca.
Embora os antigos líderes não mencionem o facto, sublinham que os venezuelanos são "forças reconhecidas de trabalho e progresso" e sublinham que o governo de Nicolás Maduro é uma ameaça para a região.
"O regime de Nicolás Maduro, usurpador do poder na Venezuela, não é apenas um perigo para os venezuelanos que sofreram as consequências da sua ditadura sangrenta, mas também representa uma ameaça para o hemisfério e para a segurança dos Estados Unidos em particular", adianta a carta.
Neste sentido, aplaudem a decisão de Trump de "declarar o Tren de Aragua e o Cartel de los Soles, que atuam sob a proteção de Maduro, como inimigos".
O Tren de Aragua, uma organização criminosa da Venezuela com ramificações em diversos países, foi considerado uma "organização terrorista global" por Donald Trump em fevereiro. Já o Cartel de los Soles trata-se de uma organização alegadamente chefiada por membros de alto escalão das Forças Armadas da Venezuela.
Os ex-presidentes, entre eles José María Aznar e Mariano Rajoy, detalham que estão empenhados em colaborar "para ajudar a definir o futuro da América Latina e da Venezuela, protegendo os bons venezuelanos que são vítimas tanto do Comboio de Aragua, como do Cartel de los Soles".
A carta também destaca que a incorporação do Secretário de Estado Marco Rubio e do Conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz na administração "é reveladora da disposição da nova administração" em relação à região.
Também assinam a carta os ex-presidentes Mario Abdo, Federico Franco e Juan Carlos Wasmosy, do Paraguai, Luis Alberto Lacalle H., do Uruguai e Óscar Arias, Rafael Ángel Calderón, Laura Chinchilla, Miguel Ángel Rodríguez e Luis Guillermo Solís, da Costa Rica.
Juntamente com Nicolás Ardito Barletta, Mireya Moscoso e Ernesto Pérez Balladares, do Panamá, Felipe Calderón e Vicente Fox, do México; Iván Duque, Andrés Pastrana e Álvaro Uribe, da Colômbia, Osvaldo Hurtado, Guillermo Lasso M., Jamil Mahuad e Lenin Moreno, do Equador, Carlos Mesa e Jorge Tuto Quiroga, da Bolívia, Mauricio Macri, da Argentina e Hipólito Mejía, da República Dominicana.
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